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Por Redação O Sul | 18 de abril de 2019
Pouco mais de dois meses após a lesão no quinto metatarso do pé direito, Neymar está próximo de voltar a jogar pelo PSG já neste domingo (21), contra o Monaco, pelo Campeonato Francês Ligue 1.
O jogador participou dos últimos treinos da equipe, não sentiu dores e parece pronto para entrar em campo. Apesar disso, Thomas Tuchel trata a situação com cautela.
“Ele está com a gente, se sente bem e não reclamou de dores. Ele está trabalhando duro e participou com a equipe do treinamento. Tenho a impressão de que ele está confiante e que vai retornar com disposição. Sobre uma data para a volta dele, não sei te informar”, descreveu Tuchel.
Caso volte a campo, Neymar terá a chance de erguer dois troféus com a equipe. Os parisienses estão a três pontos de garantir o título do Campeonato Francês e disputarão a final da Copa da França contra o Rennes, no próximo dia 27.
Além dele, Marco Verratti e Juan Bernat estão suspensos, e Ángel Di María, Edinson Cavani, Thiago Silva e Thomas Meunier preocupam para o encontro do fim de semana.
Pai do jogador visita Bolsonaro
O pai do jogador Neymar, Neymar da Silva Santos, foi visitar o ministro Paulo Guedes e o secretário especial da Receita, Marcos Cintra. Na agenda de Neymar pai estava também um encontro com Jair Bolsonaro, o presidente. Entre um cafezinho e outro, a pauta foi a dívida do Neymar filho com o governo brasileiro.
Sem previsão oficial, o encontro foi incluído na agenda somente após a reunião. Diz na agenda que o empresário queria, de início, prestar esclarecimentos a Bolsonaro sobre um processo fiscal pendente de julgamento.
Como Bolsonaro não trata de temas técnicos, que é regido por regras específicas, encaminhou-se o empresário ao ministério da Economia. Ali, Neymar pai apresentou esclarecimentos a Paulo Guedes, que o recebeu pois é usual a concessão de audiências ao setor privado, conforme reza a agenda pública das autoridades da União. Explicação da pasta.
A pasta diz, ainda, que a audiência não resolve, e todo o encaminhamento da questão se dará no âmbito do processo, observando-se todas as premissas legais aplicáveis.
Mas nem tudo está na nota. Inicialmente a assessoria de imprensa do ministério da Economia disse que o encontro foi marcado para tratar de ‘questões tributárias relativas a atividades esportivas’. O motivo é que a empresa de Neymar pai, apoiando o Neymar filho, está entre os 10 mil maiores contribuintes do Brasil.
Altamiro Bezerra, ligado ao Neymar filho, acompanhou o Neymar pai na visita. O empresário foi atuante na eleição de Bolsonaro em 2018. Inclusive posou para fotos ao lado do presidente.
O Neymar filho, por seu turno, gravou recentemente um vídeo de apoio ao presidente e sua visita a Israel.
A Folha, em dezembro, mostrou a cobrança de R$ 69 milhões em impostos e multas feita pela Receita a Neymar. A acusação era de que Neymar filho sonegou tributos quando foi transferido do Santos para o Barcelona.
Em 2015, Neymar filho foi autuado em R$ 188 milhões sob alegação de que o jogador deixou de declarar R$63,6 milhões entre 2011 e 2013, escamoteando o montante através das empresas NR Sports, N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e N&N Administração de Bens. Sob o valor incidem multa (de 150%) e juros, em impostos que a Receita entende que o Neymar filho deveria ter recolhido no período.
Os R$ 69 milhões são o valor remanescente do processo, mais multa de 150%, o que é contestado pelo atleta.
Os conselheiros do Carf entendem que existe irregularidade na venda do jogador para o Barcelona. O clube pagou cerca de 40 milhões de euros à empresa de Neymar pai em parcelas nos anos de 2011, 2013 e 2014.
As autoridades dizem que esse valor deveria ter sido feito ao Neymar filho. O imposto daí difere, já que pessoa física paga 27,5% e pessoa jurídica, 17%.
A defesa de Neymar filho entende que o valor deveria compensar os R$ 28 milhões pagos pelo jogador na Espanha por conta da transferência, e que a multa de 150% é indevida. Acham, então, que deveriam pagar R$ 11,5 milhões, por dívida em direitos de imagem e multas aplicadas.