Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2020
O atacante Neymar volta a ficar no centro das atenções no Paris Saint-Germain. O brasileiro se recusou a treinar no dia seguinte após não ter sido relacionado para o jogo diante do Dijon, pela Copa da França, há duas semanas atrás. É o que informa o jornal francês “L’Équipe”.
De acordo com a publicação, o camisa 10 não gostou das declarações do treinador do PSG, Thomas Tuchel, que justificou a sua não chamada devido ao jogo da Liga dos Campeões. Neymar também quis demonstrar com seu gesto o seu descontentamento com o treinador por não ter jogado.
O atacante, então, não treinou e no jogo da Champions League, após derrota para o Borussia Dortmund por 2 a 1, na partida de ida das oitavas de final, o brasileiro demonstrou a sua irritação com a situação.
“É muito difícil estar quatro partidas sem jogar, mas infelizmente não foi uma decisão minha. Eles (clube e médicos) tomaram essa decisão e eu não gostei”, afirmou depois da partida, na qual foi expulso.
Barcelona
Neymar queria, no ano passado, sair do Paris Saint-Germain e voltar ao Barcelona. Não conseguiu, o clube francês não permitiu. Mas o jogador não deixou de querer, muito pelo contrário. Não vê a hora.
Quem assegura isso é Lionel Messi, o maior astro da história da equipe espanhola e amigo de “Ney”. “Ele está com muita vontade de voltar”, afirmou o camisa 10 em entrevista ao jornal catalão Mundo Deportivo.
Porém, sabedor de que a torcida guarda enorme mágoa do brasileiro que deu as costas ao time azul e grená em 2017 para se tornar figura central no PSG, Messi afirma que Neymar deve desculpas.
“Esse seria o primeiro passo para tentar o regresso”, declarou o argentino, colega de Neymar na conquista da Liga do Campeões da Europa em 2015.
Questão: teria Neymar, aos 28 anos, humildade suficiente para pedir perdão ao clube e à torcida por tê-los abandonado há três anos? Messi, que reconheceu ter ficado incomodado à época com o ato de Neymar, não duvida. “Ele sempre se mostrou arrependido.”
No entanto, é válido ressaltar que, nas negociações frustradas de meses atrás para deixar a França e retornar à Espanha, em nenhum momento Neymar indicou, ao menos não abertamente, que se desculparia.
Até o meio do ano, é certo que Neymar ficará no PSG, que pagou ao Barcelona por ele o maior valor despendido até hoje por um futebolista: € 222 milhões (R$ 1,05 bilhão pelo câmbio atual).
Em junho, encerrada a temporada, será preciso saber se a direção do clube terá mudado de ideia e estará aberta a negociar o craque, cujo contrato só se encerra na metade de 2022. Craque que, até agora, não cumpriu o esperado.
Os franceses tinham a esperança de que ele comandasse a equipe ao inédito título da Champions League, o principal interclubes do velho continente. Mas, tanto em 2018 como em 2019, Neymar se contundiu antes de jogos decisivos, e o PSG acabou eliminado, respectivamente por Real Madrid e Manchester United.
Neste ano, o brasileiro ainda tem chance de, caso não se machuque novamente, manter a equipe viva na Champions.
Apesar de ter sido derrotada no jogo de ida por 2 a 1 pelo Borussia Dortmund, com gol de Neymar — a revelação Haaland brilhou e fez dois no duelo na Alemanha –, há ainda o confronto de volta das oitavas de final. Será no dia 11 de março, no estádio Parque dos Príncipes, em Paris.
Se o PSG cair, o noticiário sobre o (ainda) melhor jogador brasileiro da atualidade será cada vez menos referente ao que ele faz em campo e primordialmente relacionado aos bastidores.
Dessa vez, é provável que haja um entendimento, pois está mais do que claro de que o casamento de Neymar com o PSG não deu certo e que a vontade dele, conforme escancarou Messi, de reatar o antigo relacionamento continua intensa. Supondo que tudo se acerte entre os clubes, restará o pedido de desculpas do brasileiro.