Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2024
A autoridade eleitoral da Venezuela proclamou que Maduro obteve 51% dos votos.
Foto: ReproduçãoO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou a ideia proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a realização de novas eleições no país.
“Rejeito absolutamente que os Estados Unidos estejam tentando se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”, disse Maduro na televisão estatal da Venezuela.
“Biden deu uma opinião intervencionista sobre as questões internas da Venezuela. Meia hora depois eles a desmentiram”, ele acrescentou.
A Casa Branca havia corrigido a declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que ele apoia uma nova eleição na Venezuela. Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional disse que Biden estava “falando sobre o absurdo de Maduro e seus representantes não revelarem a verdade sobre as eleições de 28 de julho”, sem voltar atrás totalmente no comentário de Biden.
As declarações do presidente americanos foram dadas a jornalistas após o Brasil solicitar uma nova votação, duas semanas depois de Nicolás Maduro reivindicar a vitória da reeleição em uma disputa colocada em dúvida por nações ocidentais. Questionado se ele apoia uma nova eleição na Venezuela, Biden disse “sim”.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, descartou a possibilidade de realizar uma nova eleição, em meio a uma disputa eleitoral em curso e depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou a ideia.
“A eleição já aconteceu”, disse Machado a jornalistas da Argentina e do Chile.
“Eu pergunto: vamos para uma segunda eleição e, se não gostarem do resultado, iremos para uma terceira? Quarta? Quinta? Até que o presidente Nicolás Maduro goste dos resultados? Vocês aceitariam isso em seus países, que, se o resultado não for satisfatório, repitam a eleição? Nós participamos da eleição seguindo as regras da tirania. Muitos me disseram que éramos loucos, que correríamos riscos e que haveria uma fraude monumental que não poderíamos provar. Algumas pessoas foram mortas ou estão hoje presas, escondidas ou tiveram que fugir do país. Não reconhecer o que aconteceu em 28 de julho, para mim, é uma falta de respeito com os venezuelanos que deram tudo de si e expressaram sua soberania popular”, afirmou a opositora.
A autoridade eleitoral da Venezuela proclamou que Maduro obteve 51% dos votos, mas não divulgou a contagem completa dos votos. As contagens da oposição, publicadas em um site público, mostram que Gonzalez recebeu 67% dos votos.