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Ninguém é intocável e quem cometeu erros terá de responder por eles, avalia comando do Exército sobre operação da Polícia Federal

Na avaliação da equipe do comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva, "condutas individuais são tratadas individualmente" e ninguém está acima da lei. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em relação à operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvos militares da ativa e da reserva nesta quinta-feira (8), o Ministério da Defesa e o Comando do Exército fazem questão de salientar que “ninguém é intocável” e “quem enveredou pela senda da ilegalidade terá de responder por seus atos”.

Na avaliação da equipe do comandante do Exército, Tomás Miguel Paiva, “condutas individuais são tratadas individualmente” e ninguém está acima da lei.

Entre as decisões da PF, autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, estão mandados de prisão contra três militares da ativa:

os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara;
e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira.

Eles foram presos, assim como Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. Jair Bolsonaro é um dos alvos da operação. Os agentes foram à casa do ex-presidente em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte dele. Horas mais tarde, Bolsonaro entregou o documento. O celular de Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, foi apreendido.

A ação também mira militares da reserva, como os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e que foram assessores da confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também são alvos da investigação. O Ministério da Defesa e o Comando do Exército já estavam informados que uma operação atingiria militares da reserva e da ativa.

O general Tomás Paiva tem dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nenhum militar que tenha cometido ilegalidades durante o governo Bolsonaro e relacionadas aos atos de 8 de janeiro receberá qualquer tratamento diferenciado, e terá de responder pelos seus atos.

Tomás Paica tem destacado que não há nada relacionado à equipe atual do Exército nem do Ministério da Defesa, e que esses atos de ilegalidades foram cometidos durante o governo passado e sob orientação da equipe do ex-presidente.

Entre militares da ativa, a avaliação é que a pior situação dentro da tropa é do general Paulo Sérgio Nogueira, que foi comandante do Exército e ministro da Defesa. Ele tinha uma excelente reputação, mas acabou aderindo às teses bolsonaristas.

Em relação aos generais Braga Netto e Augusto Heleno, eles já estavam alinhados, na avaliação da equipe do ministro José Múcio Monteiro, ao governo Bolsonaro e sua estratégia de tentar permanecer no poder.

 

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