Ícone do site Jornal O Sul

Ninguém sabe no governo sobre o gasoduto de Lula

A construção do gasoduto na Patagônia cuja obra foi prometida pelo presidente Lula (PT) ao homólogo argentino, nem sequer está sob análise em órgãos que precisam estar envolvidos em um projeto que vai subtrair dos brasileiros R$3,5 bilhões. O BNDES, cujo cofre Lula prometeu abrir para a obra, confirmou à coluna que “não existe demanda ou previsão, por parte do BNDES, de financiar projeto de serviços de infraestrutura no exterior”. E empurrou o abacaxi para o Tribunal de Contas da União. Também não existe no TCU qualquer processo.

Busca sem resultado

Indagado sobre “estudo, projeto ou demanda” do gasoduto, diz o TCU: “não localizamos no nosso sistema de pesquisa processos sobre o tema”

Nada sei

A pasta do Meio Ambiente disse à coluna que “não tem conhecimento sobre o projeto” que vai impulsionar a extração do poluente gás xisto.

Promessa de palanque

A posição desses órgãos diverge do que foi dito por Lula na Argentina: “vamos criar as condições para fazer o financiamento”, citando o BNDES.

Dinheiro farto

Logo após a eleição de Lula, autoridades argentinas comemoraram o contrato, estimado em US$689 milhões, equivalentes a R$3,5 bilhões.

Vaga no TCU movimenta a campanha de Lira

A vaga da ministra Ana Arraes, que deixou o Tribunal de Contas da União (TCU), virou combustível para a recondução de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara. A indicação é da Casa e cobiçada por parlamentares, mas Lira trabalha para o Republicanos levar o pleito. Desde o ano passado que Lira é pressionado a pautar a votação, mas segura para não correr o risco de eleger Fábio Ramalho (MDB-MG).

Pela boca

Ramalho é querido entre os colegas e famoso pelos fartos banquetes servidos a colegas, como leitão à pururuca, feijoada e linguiça mineira.

Dó da viúva

Ramalho não se reelegeu e Lira captou que a “comoção” catapultaria o deputado ao posto de ministro. Lira quer Jhonatan de Jesus (Rep-RR).

Poucas chances

A bancada pernambucana queria um nome do Estado para o lugar de Ana Arraes, mas não deu. Soraya Santos (PL-RJ) também está na fila.

Anote para comparar

Na última eleição para presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) obteve 302 votos e dispensou a necessidade por um segundo turno, mesmo caso de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que teve 57 votos no Senado.

Falta empenho

Na reunião que teve com o presidente Lula, o governador do Amazonas, Wilson Lima, cobrou o governo federal. No Sul do estado, 80% do desmatamento da floresta amazônica ocorre em terras da União.

Adivinha quem paga

A liderança do PT reinaugura nesta segunda-feira (30) o gabinete na Câmara dos Deputados. A sala, como vários outros espaços, foi destruída na invasão ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro.

Do limão, limonada

Há tratativas no Congresso para dobrar o efetivo da (bem remunerada) polícia legislativa da Câmara e do Senado. Na pior das hipóteses, a ideia é ter pelo menos 200 policiais no Senado, que hoje tem menos de 100.

Padrinhos

Ênio Verri (PT-PR) teve apoio de peso para levar o comando da Itaipu Binacional. O deputado federal foi chefe de gabinete do ex-marido de Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento).

Menos pior

Segundo o Panorama da Pequena Indústria da CNI, após quase dois anos no top 3 dos principais problemas das micro e pequenas indústrias, a falta ou alto custo de matéria-prima deixou de ser o principal incômodo.

Pé de briga

A saída do rejeitado ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara do PSB passou longe de ser tranquila. Multiplicam-se relatos de “conversas” acaloradas entre Câmara e o prefeito do Recife, João Campos.

Engana trouxa

No jantar fora da agenda que teve com o Lula, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) saiu com a ideia de criar uma comissão permanente de ‘defesa da democracia’ como alternativa à “CPI do Dino”, rejeitada pelo petista.

Pensando bem…
…esta semana ficará definido o tamanho do governo no Congresso.

PODER SEM PUDOR

Falando de barriga cheia

Certa vez, em debate sobre e reforma da Previdência, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, um dos mais ricos do País, defendeu um teto salarial “o mais baixo possível”, para “reparar as injustiças e o déficit previdenciário”. O então deputado Carlos Mota (PL-MG) não se aguentou e pediu a palavra: “Então que o teto seja estipulado em R$ 0,1 (um centavo), e resolveremos de vez todos os problemas sociais do Brasil!”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

Sair da versão mobile