Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O orçamento do Estado para 2019 parece levar no para-choque a inscrição: mantenha distância. Mesmo que o déficit previsto seja de 7 bilhões e 400 milhões de reais. Significa que os pagamentos continuarão enfrentando atrasos e as verbas para investimentos serão reduzidíssimas. Como consequência, a contraprestação dos impostos pagos ficará precária.
A sociedade deveria participar da discussão que se estabelece a partir de agora na Assembleia Legislativa, antes da votação. Orçamento não ornitorrinco, o estranho mamífero semiaquático da Austrália, que tem bico de pato, patas espalmadas e cauda de castor.
Por onde andamos
Para reconstrução, restauração e readequação das rodovias federais, técnicos do Ministério dos Transportes afirmam que são necessários 48 bilhões de reais. Este ano, os investimentos não passarão de 6 bilhões e 900 milhões. Piora em relação ao ano passado, quando chegou a 8 bilhões e 320 bilhões.
Linha traçada
Ao anunciar neutralidade na sucessão estadual, o PDT vai se submeter a um teste: ficar fora do poder. Desde que Alceu Collares deixou o governo, em 1995, os trabalhistas sempre aceitaram, ainda que por períodos curtos, tomar conta de algumas secretarias. Nas campanhas eleitorais, a cada quatro anos, ficava difícil convencer que era oposição. Agora, o partido quer mudar a rotina para chegar com discurso próprio em 2022.
Dinheiro dos outros
A imprensa de Belo Horizonte não deixa passar: Romeu Zema, do Partido Novo e líder nas pesquisas ao governo de Minas Gerais, declarou à Justiça Eleitoral que seu patrimônio é de 69 milhões e 752 mil reais. Mesmo assim, apela a seus apoiadores para que participem da vaquinha das despesas.
Avanço
Existe a possibilidade de uma mulher presidir o Senado pela primeira vez. A candidata que se fortalece é Simone Tebet, do MDB do Mato Grosso do Sul. Seu pai, Ramez Tebet, falecido em 2006, exerceu o cargo.
Levaram ao fundo do poço
A política costuma também ser a arte de esconder a realidade. Uma das consequências mais visíveis é a crise que se estabeleceu, com o colapso das contas da União, dos estados e dos municípios. Muitos estão literalmente quebrados e não pagam as contas.
Virou tradição
Por alguns dias, o verbo mais conjugado por partidos e candidatos derrotados será impugnar. Faz parte do Dicionário denominado O Direito de Espernear.
Mesmo sem conferir
WhatsApp em campanha eleitoral consagra um novo e danoso princípio: escreveu, é verdade.
Para alívio temporário
Nos raríssimos momentos de folga, marqueteiros da campanha estadual correm às farmácias em busca de remédio para o tratamento de ansiedade, estados de irritabilidade e agitação nervosa. Em caso de derrota, sabem sobre quem recairá a culpa.
Falta o senso de medida
O que aconteceria se um cantor brasileiro fosse se apresentar nos Estados Unidos, o país da liberdade, durante a campanha eleitoral e despejasse críticas furiosas a um candidato à Presidência?
Este mês, um roqueiro inglês, da linha psicodélica, veio ao Brasil e chamou Jair Bolsonaro de “corrupto e insano”. Na terra da liberalidade, fica por isso mesmo…
Há 90 anos
A 20 de outubro de 1928, o prefeito Alberto Bins regulamentou o serviço de ônibus em Porto Alegre. A velocidade máxima era de 15 quilômetros por hora na zona urbana e de 25 na suburbana. Deveriam mostrar uma tabuleta com a palavra completo, quando estivesse lotado.
Custam caro
As campanhas eleitorais fazem surgir vocábulos. Exemplo: vontadismo. É expressão do amadorismo e da demagogia. Outro é termocéfalo. A palavra, de origem espanhola, define a pessoa de cabeça quente que não mede as consequências do que fala.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.