Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de março de 2021
O Brasil enfrenta no primeiro trimestre de 2021 o pior momento da pandemia do coronavírus, que completou um ano no dia 26 de fevereiro. A crise se agrava com o aumento repentino no número de casos e mortes por covid-19 na medida em que decai a disponibilidade de leitos de UTI e enfermaria para o tratamento de enfermos. De acordo com levantamento da CNN Brasil, nove capitais vivem colapsos na saúde pública por conta da escassez de leitos de internação, entre elas Porto Alegre.
As prefeituras consolidaram os dados de ocupação com adoção de critérios diferentes. Na soma de ocupação hospitalar nas redes pública e privada, Porto Alegre (100%), Fortaleza (91,69%) e Natal (91,60%) estão em colapso.
Ao considerar apenas a rede pública, Rio Branco (93,7%), São Luís (91,12%), Florianópolis (95,1%), Curitiba (93%), Goiânia (95,5%) e Porto Velho (100%), estão com as reservas de leitos sobrecarregadas e sem capacidade de realizar a rotatividade necessária para atender aos pacientes.
As capitais em colapso estão presentes em quatro regiões do País, com exceção do Sudeste — que já se aproxima da crise na rede pública do Rio de Janeiro, com 88% de ocupação dos leitos de UTI, e vive com o colapso instalado na rede de hospitais privados ou contratualizados de São Paulo, com 92%.
Especialistas explicam que o colapso de um sistema de saúde é definido pela relação entre a demanda de pacientes que buscam por internação e o número de leitos disponíveis, portanto, se a taxa de ocupação ultrapassar 90% a crise está em curso.
“As pessoas acabam ficando internadas muito tempo, isso colabora para piorar a situação, isso é o que determina o colapso da saúde, o número excessivo de casos de uma doença que interna muito e leva muita gente para a UTI”, disse Edison Luiz Durigon, professor titular de virologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à CNN.
Casos no Brasil
O Brasil teve nessa quarta-feira (3) o maior número de mortes registradas em um dia durante toda a pandemia. Em 24 horas, as autoridades de saúde registraram a morte de 1.910 pessoas por complicações da covid-19. No total, o número de óbitos chegou a 259.271 desde o início da pandemia. Ainda há 2.867 falecimentos em investigação.
Nas últimas 24 horas, o Brasil também teve o 2º dia com mais novos casos registrados, com 71.704. O dia com maior número de novos diagnósticos confirmados foi 7 de janeiro, com 87.843.
Com os novos casos, o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 10.718.630.
Os dados estão no balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde. A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.
O número de pessoas recuperadas alcançou 9.591.590. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 867.769.