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No Conselho de Direitos Humanos da ONU, países pedem fim de repressão na Venezuela

A carta solicita a libertação urgente dos presos políticos, o término da violência política e o fim do assédio contra a oposição e a sociedade civil. (Foto: Reprodução)

O representante da Argentina na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Carlos Foradori, pediu à Venezuela no Conselho de Direitos Humanos que liberte pessoas que teriam sido detidas arbitrariamente e que acabe com a repressão e a perseguição por motivos políticos, informou na sexta-feira (20) o Ministério das Relações Exteriores da Argentina.

O Equador também informou, por meio de sua chancelaria, que fez, perante o Conselho de Direitos Humanos e em nome da Argentina, Canadá, Chile, Guatemala, Paraguai e Uruguai, um “pedido urgente ao governo da Venezuela para que pare a repressão intensificada após as últimas eleições”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado (21) que teve reunião com Gianluca Rampolla del Tindaro, residente da ONU e coordenador humanitário, para falar sobre uma suposta “conspiração” para “causar violência e ataques terroristas” em contra a Venezuela, segundo publicação em seu canal Telegram.

“A Argentina não ficou indiferente a esta situação e abriu as portas da sua residência oficial em Caracas a seis líderes políticos aos quais concedeu o estatuto de asilo político”, afirma o comunicado do Ministério das Relações Exteriores argentino

A nota detalha a intervenção do diplomata da Argentina, Carlos Foradori durante diálogo com a Missão Internacional Independente para Determinar os Fatos sobre a Venezuela, organização que apresentou um relatório com supostos casos de perseguição no país e apontou que poderiam constituir crimes contra a humanidade.

O governo venezuelano rejeitou na sexta-feira o relatório, qualificando-o de “vulgar e panfletário” e garantiu que a Missão funcionava como um instrumento de “coerção e chantagem” contra povos e governos.

O Ministério Público da Venezuela também reagiu e destacou que se trata de um “relatório concebido e executado para alimentar ataques internacionais contra a Venezuela”. Na sexta, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, conversou por telefone com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

“O secretário-geral expressou preocupação com relatos de violência pós-eleitoral e violações dos direitos humanos”, destacou a ONU num comunicado.

A conversa foi confirmada pelas autoridades venezuelanas que, por sua vez, divulgaram um comunicado no qual mencionavam que Maduro falou sobre as alegadas “tentativas de desestabilização” ocorridas após as eleições presidenciais de 28 de julho.

Tanto a líder da oposição María Corina Machado como o candidato opositor Edmundo González agradeceram o relatório da Missão da ONU na Venezuela. As informações são da CNN Brasil.

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