Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2023
Após viagem a Minas Gerais, Jair Bolsonaro chegou em Brasília e no aeroporto o ex-presidente falou com a imprensa acerca da ação que provocou a sua inegibilidade, “Estamos em um País onde não se pode falar a verdade”.
Questionado sobre quem o sucederá, Bolsonaro recusou a hipótese de candidatura da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, “ela nunca vai estar a minha disposição, ela não tem essa experiência com a política, que está bastante violenta e com um sistema bastante ativo.”
Bolsonaro afirmou que sua luta pelo voto impresso vem desde a época em que era deputado federal, e afirmou que o Carlos Lupi, presidente do PDT, sigla que moveu a ação de inegibilidade no TSE, já gravou vídeo favorável ao voto impresso. “Lupi tem um vídeo em que diz ‘o voto impresso, sem auditoria é um convite à fraude’, inclusive, ele cita Leonel de Moura Brizola e o caso Proconsult”, afirma Bolsonaro em referência a fraude eleitoral nas eleições de governador de 1982.
Nas eleições de 2022, Michelle agiu como cabo eleitoral do ex-presidente, especialmente em comícios evangélicos. O desempenho dela chamou a atenção de lideranças partidárias do PL, que pensam nela como uma possível candidata à Presidência em 2026.
Punhalada
O ex-presidente desembarcou na capital federal, após cumprir agenda em Belo Horizonte. Em Minas Gerais, Bolsonaro disse que a decisão do TSE que o tornou inelegível por 5 votos a 2, foi uma “punhalada nas costas”.
Em Brasília, Bolsonaro fez ataques ao PT, à esquerda, defendeu o voto impresso e seguiu o mesmo roteiro de falas nos últimos dias. “Os Três Poderes tem amor pelo Lula”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente foi recebido por quatro apoiadores no aeroporto e fez imagens com eles. “Lá vai o imbrochável”, disse um deles, que fazia um vídeo no telefone. O carro de Bolsonaro falhou por algumas vezes na ignição antes de partir.
Agora, o ex-presidente espera “não fazer nada no final de semana”. Ele evitou especular nomes de sucessores e disse que ainda espera que “Johnny Bravo” – ele, no caso – seja candidato em 2026.
Julgamento
O Tribunal Superior Eleitoral formou um placar de 5 votos a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas no ano passado, no período pré-eleitoral.