Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2024
Todos os 59 passageiros e seis tripulantes saíram ilesos. (Foto: Reprodução)
Foto: ReproduçãoUm avião da Boeing teve que retornar à pista de decolagem no Japão no sábado (13), após uma rachadura ser descoberta na janela da cabine do piloto em pleno voo.
A aeronave, modelo 737-800, operada pela companhia aérea japonesa All Nippon Airways, tinha partido de Sapporo-New Chitose (CTS), em Hokkaido, com destino a Toyama (TOY), em Honshu, a uma hora e meia de viagem.
Segundo a companhia, a rachadura comprometeu apenas a camada mais externa da janela do voo comercial NH1182, a primeira de quatro camadas, e todos os 59 passageiros e seis tripulantes saíram ilesos.
O episódio ocorre oito dias depois de outro modelo avião da mesma empresa fazer um pouso de emergência após uma janela e uma peça da fuselagem explodirem no ar.
A aeronave do tipo Boeing 737 Max 9 era operada pela companhia aérea americana Alaska Airlines. O acidente, que não fez vítimas, levou à suspensão do modelo 737 Max 9 pela agência americana reguladora, a Administração Federal de Aviação (FAA).
Os passageiros que estavam a bordo do avião da Alaska Airlines que ejetou uma das portas a cinco mil metros de altitude receberam um e-mail da companhia aérea, horas depois, com a oferta de reembolso e mais US$ 1,5 mil (equivalente a R$ 7,3 mil, na cotação atual) “para ajudar com qualquer inconveniência”.
A informação é do jornal Washington Post, que citou a oferta de serviços de saúde mental e sessões de terapia online, além da compensação financeira. Depois que a porta abriu em pleno voo, a tripulação fez um pouso de emergência em Portland, no estado de Oregon. Nenhum dos 177 passageiros do avião, que seguia para Ontario, no Canadá, ficou ferido.
Na última sexta (12), a FAA estendeu a suspensão do modelo 737 Max 9 por período indeterminado até a conclusão de inspeções de segurança. O órgão também anunciou que intensificará a fiscalização da Boeing.
As autoridades americanas apuram a responsabilidade da Boeing pelo acidente no voo da Alaska Airlines. A empresa afirmou que vai cooperar com as investigações, que focam no uso de painéis usados para tamponar portas usadas como saídas de emergência extras em caso de ampliação da capacidade máxima da aeronave.
No Brasil, o 737 Max 9 é usado pela Copa Airlines em voos internacionais no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A empresa panamenha informa ter 21 aviões afetados em sua frota, e que suspendeu temporariamente suas operações com eles até que passem por uma “revisão técnica”.
A Copa Airlines tem voos diários saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro para o Panamá, mas também cobre destinos em diversos pontos da América Latina, América Central e Estados Unidos.