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Brasil No Rio de Janeiro, as lojas gastaram 1 bilhão de reais com a segurança este ano. O número de lojas fechadas subiu para 78%

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Lojas fechadas ficam em sua maioria em regiões violentas. (Foto: AG)

Gastos de quase R$ 1 bilhão com segurança, frete 40% mais caro, fechamento de lojas e suspensão de investimentos são os rastros econômicos deixados pelo aumento da violência urbana no Rio. A Magazine Luiza anunciou esta semana que, das 60 lojas que vai abrir no país, nenhuma será no Rio por causa da violência. A falta de segurança intensificou os efeitos da recessão, e lojas e indústrias fecharam. Ao todo, encerraram as atividades 9,7 mil lojas no primeiro semestre deste ano em todo o estado, alta de 55% em relação aos 6,2 mil fechados no mesmo período do ano passado.

Na capital, o salto foi ainda maior: 78%. Enquanto no primeiro semestre do ano passado 2,3 mil lojas fecharam, este ano foram 4,1 mil, quase o dobro de 2016. A maior parte, 2,8 mil, nas zonas Norte e Oeste, de acordo com dados do Centro de Estudos do CDL-Rio. De acordo com mapeamento produzido pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Rio), entre janeiro de 2015 a agosto de 2017, os bairros do município do Rio com recuo no saldo abertura versus fechamento de estabelecimentos do setor do comércio de bens, serviços e turismo foram Pavuna, Costa Barros, Jacaré, Deodoro, Mallet, Vila Kennedy, Largo do Machado e Bairro de Fátima, metade deles responde por grande parte dos casos de violência na cidade. A Loreal, por exemplo, abandonou suas atividades na Pavuna por causa da falta de segurança. Os empresários que permaneceram já gastaram R$ 996 milhões em reforço de segurança.

“No cenário de roubo de cargas, venda de produtos pirateados, falsificados, contrabandeados a sociedade é afetada diretamente, o Estado tem queda de arrecadação e com menos receita, menos investimentos. A população é prejudicada e o setor produtivo tem aumento de custos com segurança, frete, logística entre outros. Esse um desafio para toda sociedade carioca e fluminense”, observa Natan Schiper, diretor Secretário da Fecomércio-RJ.

Além de gastos com segurança privada e vigilantes, equipamentos eletrônicos, grades, blindagens, reforços de portas e vitrines e seguros, o frete para a distribuição das mercadorias por transportadores subiu em média 40%, segundo as empresas que operam no setor. Nos oito primeiros de 2017, foram 6 mil e 860 casos de roubo de carga, o equivalente a 870 episódios por mês. No ano passado, essa média estava em 822.

Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio, garante que a violência vem fechando estabelecimentos, seja por conta da segurança dos próprios funcionários e prejuízos quanto pela queda de movimento em razão de os moradores da cidade estarem evitando certas regiões da cidade, esvaziando restaurantes em determinados horários com medo de tiroteios.

“Só o Ponto Frio de Ipanema já foi assaltado 18 vezes esse ano”, exemplificou Gonçalves.

Correios montam plano especial para operar no Rio

Por causa da violência e do aumento de 117% no número de assaltos a caminhões de cargas dos Correios no estado, a estatal está preparando a elaboração de um plano logístico de segurança diferenciado para o Rio. Segundo a empresa, para preservar a integridade física dos empregados e da carga. A estatal já havia implementado um mapeamento com restrições de entrega em endereços de alguns bairros como: Costa Barros, Ricardo de Albuquerque, Irajá, Thomaz Coelho, entre outros.

Segundo a estatal, nesses locais os consumidores que fazem compras pela internet, por exemplo, deve retirar os produtos em uma agência. No ano passado, a estatal contratou escolta armada, rastreadores de carga, gerenciamento de risco, com valor de R$ 19,8 milhões somente no Rio de Janeiro — 46,8% a mais que em 2015. Além dos Correios, a Via Varejo, que administra as lojas do Ponto Frio e Casas Bahia, disse que desde o final do ano passado tem trabalhado com escolas armadas para entregas nas lojas de todo o estado, procedimento que até então era adotado somente em algumas áreas devido a falta de segurança. (AG)

 

tags: segurança

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