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Brasil No Rio de Janeiro, empresas alugam caminhão blindado até para levar carne

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A Brinks já foi sondada para transportar carnes e outros alimentos, cigarros e pneus. Mas não aceitou. (Foto: Divulgação)

Caminhões blindados para transportar carne, comboios de redes de supermercado para fazer entrega, escoltas armadas e trocas frequentes de roteiros são a nova rotina do transporte de carga no Rio de Janeiro, segundo a Firjan (federação das indústrias do Estado).

Estudo da entidade indica 10.599 ocorrências de roubo de cargas em 2017, ou um a cada 50 minutos. A alta sobre 2016 foi de 7,3%. “A situação é grave a ponto de já impedir a entrega de alguns produtos e a execução de serviços, como o dos Correios”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo o coordenador de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, William Figueiredo.

Para ele, os roubos não apenas geram prejuízos a fabricantes, transportadoras e consumidores como reduzem os investimentos no Estado. Marcelo Christiansen, presidente da Abrablin (associação de empresas de blindagem), conta que a entidade se surpreendeu ao receber procura por blindagem de cabines de caminhões. “Chegam a perguntar se pode blindar o caminhão inteiro. Mas é complexo. Um caminhão com capacidade de carregar 20 toneladas perderia 8 só na blindagem. Perde eficácia e encarece o frete.”

A Brinks, uma das maiores transportadoras de valores do País, já foi sondada para transportar carnes e outros alimentos, cigarros e pneus, diz Roberto Martins, diretor da Brinks Global Services. “São produtos visados pelos assaltantes, e medidas de segurança tradicionalmente usadas, como escolta e iscas de rastreamento, não têm sido suficientes”, diz ele.

A Brinks, porém, não faz o transporte dessas mercadorias. “Somos um remédio muito forte para a doença deles. É preciso achar soluções intermediárias.” Se fosse encher um caminhão com carne, por exemplo, a empresa transportaria um valor de cerca de R$ 700 mil, muito abaixo dos até R$ 15 milhões que levaria em eletrônicos ou medicamentos.

Seguro

Algumas seguradoras deixaram de cobrir o transporte de produtos como cigarros, brinquedos ou armas, porque o cálculo do risco extrapolou níveis praticáveis no mercado.

Desde novembro, a Federação Nacional de Seguros Gerais deixou de se manifestar sobre o assunto. Já as transportadoras investem hoje até 14% de seu faturamento bruto em gerenciamento de risco, equipamentos e seguros, segundo Tayguara Helou, presidente do Setcesp (sindicato do setor em São Paulo).

Há cinco anos, o investimento era metade, segundo a entidade. Eduardo Rebuzzi, presidente da Fetranscarga (federação de transportadores do Rio de Janeiro), diz que nos últimos anos ampliou-se o foco dos ladrões de carga. Itens como frango, leite, chocolate e refrigerante se tornaram visados. “Frango é uma mercadoria muito barata, que não faz seguro, mas está sendo roubado porque pode ser imediatamente revendido no pequeno comércio.”

“Para as empresas que distribuem em todo o país, esse prejuízo se diluiu. Mas, para as regionais, está difícil. Algumas tiveram de parar de operar”, disse Rebuzzi.

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