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Rio Grande do Sul No Rio Grande do Sul, ação de combate ao trabalho escravo resgata 26 pessoas somente no mês de julho

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A operação Resgate começou em 4 de julho e se alternou entre vários Estados ao longo do mês para resgatar 337 trabalhadores

Foto: MPT/Divulgação
operação Resgate começou em 4 de julho e se alternou entre vários estados ao longo do mês para resgatar 337 trabalhadores

A Operação Resgate 2, ação conjunta que reuniu diversos órgãos públicos no combate ao trabalho análogo à escravidão, resgatou 337 trabalhadores neste mês no Brasil. O balanço das ações foi divulgado nesta quinta-feira (28) na PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília. Esses trabalhadores foram resgatados em 22 Estados e no DF (Distrito Federal).

Em 2021, a Operação Resgate efetuou 128 fiscalizações em 22 estados e no DF. Ao todo, no ano passado, foram resgatados de condições análogas às de escravo 136 trabalhadores, dos quais cinco imigrantes e oito crianças e adolescentes.

Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul, a operação foi responsável pelo resgate de 26 homens que foram ludibriados com a proposta de emprego em Serafina Corrêa para atuar na apanha de frangos, serviço de recolhimento de aves vivas nas granjas e fazendas fornecedoras de um frigorífico da região. Os resgatados eram todos homens adultos, a maioria oriunda de outros estados, tais como Bahia, São Paulo e Paraná. Havia também dois paraguaios entre os trabalhadores.

Três equipes, compostas de procuradores do trabalho, auditores-fiscais do trabalho, defensor público da União, oficiais de justiça e agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em locais diferentes: no escritório da empresa e em um mercado, além da inspeção dos alojamentos.

Seguindo o ônibus que levava parte dos trabalhadores para a execução do serviço, à noite, a força-tarefa foi também até uma granja no interior de Marau, onde flagrou as condições irregulares de trabalho.

Após a identificação dos trabalhadores envolvidos na atividade, foi efetuado o resgate. Segundo o que foi apurado na operação, os 26 homens eram aliciados para assumirem o trabalho com promessas enganosas.

Ao chegarem ao Rio Grande do Sul, descobriam que o valor da passagem que os havia trazido de seus Estados de origem seria descontado de seus salários, bem como o aluguel do alojamento, consistente em cômodos que comportavam em torno de três trabalhadores, em condições inapropriadas, sem móveis suficientes para todos, sem roupa de cama, com fiação elétrica exposta e existência de mofo. A alimentação era fornecida por meio de vale-compras, os quais eram aceitos em um único mercado da cidade.

Foram resgatadas, ainda, de condições análogas à escravidão, cinco crianças e adolescentes e quatro migrantes de nacionalidade paraguaia e venezuelana. Pelo menos 149 dos resgatados na Operação Resgate II foram também vítimas de tráfico de pessoas.

A Operação Resgate é uma força-tarefa resultado de parceria entre seis órgãos públicos: Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Federal; Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Previdência; Polícia Federal; Defensoria Pública da União; e Polícia Rodoviária Federal.

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