Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2022
O embaixador seguiu a diretriz do Kremlin e não usou o termo “guerra” para se referir ao conflito na Ucrânia
Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoO embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch Labetskiy, participou, na terça-feira (05), de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado para comentar sobre a guerra na Ucrânia.
Durante as respostas aos questionamentos dos senadores, o representante russo, no entanto, seguiu a diretriz do Kremlin e não usou o termo “guerra” para se referir à situação no Leste Europeu. Labetskiy tratou o conflito como “operação especial na Ucrânia” e defendeu a ofensiva russa.
De acordo com o embaixador, o principal motivo que levou à invasão do território ucraniano pelo Exército da Rússia foi a intenção de “desnazificar e desmilitarizar” o país vizinho. A guerra começou no dia 24 de fevereiro.
Durante a audiência, a presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senadora Kátia Abreu (PP-TO), afirmou que o Brasil defende o “cessar-fogo imediato na guerra na Ucrânia”.
Relações comerciais com o Brasil
O embaixador russo ainda comentou sobre as exportações de produtos da agroindústria brasileira para a Rússia e disse que o país nunca vai “produzir as coisas da agroindústria tropical e subtropical por razões puramente climáticas”.
Labetskiy disse que trabalha para manter a venda de fertilizantes ao Brasil, visando evitar as restrições de comércio entre os dois países. “Nós estamos abertos a alargar a cooperação no fornecimento dos produtos de carne, todos os três tipos, e nós estamos abertos de nossa parte a fornecer os fertilizantes de todos os tipos para o Brasil e participar da criação de novos sistemas de logística, distribuição e elaboração dos fertilizantes”, declarou.