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Em mensagem no Twitter, Haddad desejou sorte a Bolsonaro. O presidente eleito agradeceu

Derrotado no segundo turno, o petista afirmou que escreveu a Bolsonaro "com o coração leve e com sinceridade". (Foto: Reprodução de TV)

O candidato derrotado no segundo turno, Fernando Haddad (PT), escreveu uma mensagem em sua conta no Twitter nesta segunda-feira (29) para desejar sorte e sucesso ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Haddad também disse esperar que o Bolsonaro “estimule o melhor de todos nós”. Ele afirmou que escreveu para o novo presidente de “coração leve” e “com sinceridade”.

“Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso País merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte!”, escreveu Haddad.

Em discurso na noite do domingo (28), após sair o resultado do segundo turno, Haddad fez um discurso no qual disse que vai defender a liberdade e o pensamento dos 45 milhões de eleitores que votaram nele.

Também na noite de domingo, a jornalista da GloboNews, Natuza Nery, informou que ligou para Haddad para saber por que ele não telefonou para parabenizar Bolsonaro. De acordo com Natuza, Haddad respondeu: “Ele me chamou de canalha e disse que se eleito mandaria me prender. Achei que não tinha o menor clima, além de não poder prever a reação”.

Bolsonaro também utilizou o Twitter para agradecer a mensagem de Haddad. No texto, o presidente eleito concorda com o candidato derrotado e diz que o Brasil “merece o melhor”. “Senhor Fernando Haddad, obrigado pelas palavras! Realmente o Brasil merece o melhor”, disse Bolsonaro.

Com 55% dos votos válidos, Bolsonaro será o 38º presidente do País. Ele interrompeu um ciclo de vitórias do PT, que ganhou as disputas para o Palácio do Planalto desde 2002. No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um “defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”.

Transição

O presidente eleito poderá indicar até 50 pessoas para cargos temporários na equipe que fará a transição de governo. O número de cargos em comissão disponíveis para o presidente eleito e o momento da indicação estão previstos na lei 10.609/2002, que trata do processo de transição de um governo para outro, junto com o decreto 7.221/2010.

Conforme a legislação, a equipe de transição tem o objetivo de garantir o acesso a dados, documentos e informações do governo federal para que a futura gestão possa: tomar conhecimento do funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal; receber informações sobre as contas públicas; receber informações sobre implementação, acompanhamento e resultados dos programas do governo federal; preparar os atos que o novo presidente tomará após a posse.

Cargos em sete níveis

Segundo a Casa Civil, os 50 cargos especiais de transição governamental são de livre nomeação, ou seja, não precisarão ser ocupados por servidores de carreira. De acordo com lei, os cargos serão extintos em janeiro, 10 dias após a posse.

Jair Bolsonaro também poderá, segundo a Casa Civil, requisitar servidores federais que seriam cedidos para a equipe de transição sem ocupar os cargos especiais. O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou em entrevistas que a equipe de Bolsonaro terá 52 pessoas.

A legislação ainda prevê que a equipe de transição tenha um coordenador indicado pelo futuro presidente, que poderá ser nomeado ministro extraordinário por Temer, caso o escolhido seja deputado federal ou senador – o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deve assumir a função.

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