Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de novembro de 2024
Entre as principais pautas deste ano estão o desenvolvimento sustentável, a reforma da ONU, e o combate à desigualdade
Foto: Ricardo Stuckert/PRO mundo volta as atenções para Copacabana, no Rio de Janeiro, onde alguns dos principais líderes globais estão reunidos. No Forte de Copacabana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou no domingo (17) com líderes de nove países.
As reuniões aconteceram em um espaço de 130 metros livres de colunas. A mesa principal, com 20 metros de comprimento por sete de largura, contou com 58 lugares. O Brasil ocupa uma posição de destaque no centro da mesa, tendo a Índia de um lado e África do Sul do outro. Os demais países membros, países convidados e algumas organizações internacionais completam os assentos da mesa principal.
Ao redor dessa mesa central, há outras duas destinadas a acomodar os muitos assessores que auxiliam no evento.
“O G20 tem uma dimensão significativa: representa dois terços da população global e 82% do PIB mundial”, destacou Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores.
Entre as principais pautas deste ano estão o desenvolvimento sustentável, a reforma de organizações internacionais, como a ONU, e o combate à desigualdade.
Nessa segunda-feira (18), foi criada oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma proposta brasileira que conquistou a adesão internacional.
“É uma espécie de banco de dados de várias iniciativas dos mais diferentes países no combate à fome e à pobreza. É uma iniciativa muito importante que coloca o Brasil numa posição de destaque internacional nessa área”, explicou Mauro Vieira.
A Aliança Global espera alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030, expandir as refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmicas e arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.
A Aliança terá governança própria vinculada ao G20, mas que não será restrita às nações que integram o grupo. A administração ficará a cargo de um Conselho de Campeões e pelo Mecanismo de Apoio. O sistema de governança deverá estar operacional até meados de 2025. Até lá, o Brasil dará o suporte temporário para funções essenciais.
Desde o ano passado, o G20 poderia ser chamado de G21, já que a União Africana se juntou oficialmente aos 19 países e à União Europeia que já integravam o grupo. A reunião dos chefes de estado é o capítulo final de um ano inteiro de conversas. Foram realizadas 134 reuniões oficiais em 15 cidades brasileiras, reunindo ministros e autoridades dos países membros.
O G20, que significa “grupo dos 20”, foi criado em 1999 com o objetivo de promover a cooperação econômica entre as maiores economias do mundo. Hoje, o encontro vai além das questões econômicas e se tornou um espaço mais político do que diplomático. É menos formal, mas igualmente estratégico: um grande bate-papo entre os governantes mais poderosos do planeta, onde decisões que impactam bilhões de pessoas podem ser tomadas.