Domingo, 06 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2022
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram uma queda de pelo menos 4,8 milhões de barris na semana que se encerrou no dia 18 de novembro, calcula o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês). A entidade divulgou boletim detalhado sobre o assunto nesta quarta-feira (23).
Já os estoques de gasolina baixaram em aproximadamente 400 mil unidades, ao passo que os de destilados tiveram um acréscimo de 1,1 milhão.
A estimativa do Departamento de Energia do país, entretanto, é de que essa queda tenha sido menor: 3,69 milhões de barris. De qualquer forma, ambos os volumes destoam da previsão de analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, que previam uma redução bem menos expressiva: 800 mil. A produção média do país, por sua vez, mostrou-se estável em cerca de 12,1 milhões de unidades por dia.
Joe Biden
Também na semana passada, a imprensa norte-americana noticiou que o presidente Joe Biden deve aprovar em breve a liberação de 100 milhões de barris de petróleo da reserva do país, na tentativa de conter a alta dos preços dos combustíveis.
A fonte da informação é a chefe de pesquisas da consultoria especializada Amrita Sen, da Energy Aspects. Em entrevista ao canal de televisão “CNBC”, ela reiterou que a finalidade da iniciativa é manter os preços baixos.
Amrita declarou, ainda, que a reserva de petróleo dos Estados Unidos foi criada para evitar escassez de energia no país, mas que o uso dado pelo governo atual tem por foco o controle de preços.
Cogitação
A possibilidade de uma liberação de parte das reservas de petróleo do país havia sido cogitada depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu, no início deste mês, reduzir sua cota de produção a 2 milhões de barris por dia, apesar das objeções de Washington.
Com isso, começaram especulações de que a Casa Branca poderia responder com mais reservas de petróleo no mercado. Ainda conforme a especialista, o governo americano vive um dilema, já que a sua produção de petróleo não tem subido da maneira esperada – culpa de fatores como falta de metal e de mão-de-obra, sem contar a perspectiva de uma alta ainda maior nos preços, já que o embargo europeu ao petróleo da Rússia só terá efeito no final do ano.