Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram uma queda de pelo menos 4,8 milhões de barris na semana que se encerrou no dia 18 de novembro, calcula o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês). A entidade divulgou boletim detalhado sobre o assunto nesta quarta-feira (23).
Já os estoques de gasolina baixaram em aproximadamente 400 mil unidades, ao passo que os de destilados tiveram um acréscimo de 1,1 milhão.
A estimativa do Departamento de Energia do país, entretanto, é de que essa queda tenha sido menor: 3,69 milhões de barris. De qualquer forma, ambos os volumes destoam da previsão de analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, que previam uma redução bem menos expressiva: 800 mil. A produção média do país, por sua vez, mostrou-se estável em cerca de 12,1 milhões de unidades por dia.
Joe Biden
Também na semana passada, a imprensa norte-americana noticiou que o presidente Joe Biden deve aprovar em breve a liberação de 100 milhões de barris de petróleo da reserva do país, na tentativa de conter a alta dos preços dos combustíveis.
A fonte da informação é a chefe de pesquisas da consultoria especializada Amrita Sen, da Energy Aspects. Em entrevista ao canal de televisão “CNBC”, ela reiterou que a finalidade da iniciativa é manter os preços baixos.
Amrita declarou, ainda, que a reserva de petróleo dos Estados Unidos foi criada para evitar escassez de energia no país, mas que o uso dado pelo governo atual tem por foco o controle de preços.
Cogitação
A possibilidade de uma liberação de parte das reservas de petróleo do país havia sido cogitada depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu, no início deste mês, reduzir sua cota de produção a 2 milhões de barris por dia, apesar das objeções de Washington.
Com isso, começaram especulações de que a Casa Branca poderia responder com mais reservas de petróleo no mercado. Ainda conforme a especialista, o governo americano vive um dilema, já que a sua produção de petróleo não tem subido da maneira esperada – culpa de fatores como falta de metal e de mão-de-obra, sem contar a perspectiva de uma alta ainda maior nos preços, já que o embargo europeu ao petróleo da Rússia só terá efeito no final do ano.