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Política Nos Estados Unidos, presidente do Tribunal Superior Eleitoral reconhece que eleição no Brasil tem risco de golpe

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Fachin afirmou em evento internacional que “uma sociedade armada é uma sociedade oprimida”. (Foto: Reprodução/YouTube)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou que o Brasil pode registrar um episódio “ainda mais agravado” do que a invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, ocorrida em 2021, e apontou a atuação da Justiça Eleitoral como um modo de evitar isso.

Fachin defendeu que a sociedade brasileira se arme “unicamente do seu voto” e classificou sociedades armadas como “oprimidas”. Para o ministro, independentemente do resultado das urnas em outubro, a população deve prezar pela democracia e não por atos de revolta.

“Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do que 6 de janeiro daqui do Capitólio”, disse durante evento realizado pelo Wilson Center, em Washington, nos Estados Unidos, onde esteve para falar sobre o processo eleitoral no Brasil.

A invasão ao Capitólio de Washington ocorreu em 6 de janeiro de 2021, quando partidários do então presidente derrotado dos EUA, Donald Trump, invadiram as dependências do Congresso para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden. Ao menos dois manifestantes e três policiais morreram nos dias seguintes ao ataque.

Fachin falou ainda que a primeira condição para evitar ações violentas nas eleições é que a “Justiça Eleitoral não se vergue”. “Que a Justiça Eleitoral cumpra sua missão, e nós iremos cumprir. O judiciário brasileiro não vai se vergar. A quem quer que seja”, afirmou.

Dois fóruns

Segundo o ministro, para contribuir para que haja paz e que sejam eliminados eventuais ruídos, foram constituídos dois importantes fóruns: a Comissão da Transparência Eleitoral e o Observatório de Transparência das Eleições (OTE). Os organismos foram criados por portarias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de ampliar a publicidade e a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições, entre outros.

Em sua fala, Fachin não citou o presidente Jair Bolsonaro. Candidato à reeleição, ele tem feito ataques sistemáticos e frequentes ao sistema de votação por meio das urnas eletrônicas e já ameaçou não aceitar um resultado desfavorável nas eleições de outubro. Ele ressaltou que os candidatos eleitos serão proclamados e diplomados pelo TSE e pelos Tribunais Regionais Eleitorais.

Fachin também classificou sociedades armadas como “oprimidas” e defendeu que a população brasileira também saiba viver dentro da democracia e se arme “unicamente do seu voto”.

“Sociedade com violência é uma sociedade oprimida. A liberdade está precisamente na vida pacífica que se tem. E isso significa que a sociedade precisa de solidariedade, do seu sentimento de justiça, da sua coexistencialidade. Portanto, a sociedade brasileira no dia 2 de outubro colocará um espelho diante de si: se almeja a guerra de todos contra todos, ou almeja a democracia. E a partir daí faça isso”, afirmou.

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