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“Nos momentos de festa ou de dor, militares estarão sempre unidos pelo povo brasileiro”, diz o comandante da Marinha

Almirante Almir Garnier Santos fez o comentário ao compartilhar entrevista do chefe da Aeronáutica no Twitter. (Foto: Marcos Correa/Divulgação)

O comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, compartilhou no Twitter a entrevista do comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, publicada no Jornal O Globo e disse que os militares estarão sempre unidos, em prol do povo brasileiro, nos momentos de festa ou de dor.

“Nos momentos de festa ou de dor, os militares estarão sempre unidos, em prol do povo brasileiro. Espírito de corpo forte. Corporativismo, jamais!”, postou.

O brigadeiro Baptista disse que os militares estão incomodados com o que descreve como uma tentativa de associação, por parte da CPI, entre a corporação e as suspeitas de corrupção apuradas pelos senadores. Criticou o tratamento dispensado a colegas que estão na mira das investigações, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco. Mas afirmou que as Forças Armadas não vão tolerar casos comprovados em seus quadros. “Não somos lenientes com desvios e não temos qualquer intenção de proteger ninguém que está à margem da lei.

O comandante da Aeronáutica disse ainda que os militares se mantêm “dentro das linhas da Constituição”. E que trata como um “alerta às instituições” a nota divulgada em que ele e os demais comandantes militares dizem que as “Forças Armadas não aceitarão ataques levianos”.

Sobre as especulações de que poderiam embarcar numa aventura golpista, afirma: “Homem armado não ameaça”.

Embate

Militares são, tradicionalmente, avessos a entrevistas. O recente embate entre as Forças Armadas e o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), porém, fez com que o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, decidisse falar.

Em entrevista, o brigadeiro Baptista diz que os militares estão incomodados com o que descreve como uma tentativa de associação, por parte da CPI, entre a corporação e as suspeitas de corrupção apuradas pelos senadores. Critica o tratamento dispensado a colegas que estão na mira das investigações, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco. Mas afirma que as Forças não vão tolerar casos comprovados em seus quadros. “Não somos lenientes com desvios e não temos qualquer intenção de proteger ninguém que está à margem da lei.”

O comandante da Aeronáutica ressaltou que os militares se mantêm “dentro das linhas da Constituição” e que tem consciência de que a nota foi dura, como acreditavam que deveria ser.

“Nós sabemos que a nota foi dura, como nós achamos que devia ser. É um alerta às instituições. A defesa é das instituições, como falamos no final. Cada instituição do país tem a obrigação de se preocupar com a democracia e o respeito às instituições. E nós, instituição militar, não abriremos mão disso.”

Segundo o brigadeiro, a nota foi voltada pessoalmente ao senador Omar Aziz, que não foi um agravo à CPI ou ao Poder Legislativo, mas uma resposta aos ataques à instituição militar.

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