Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 7 de fevereiro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dormir é um ato vital para o ser humano. É um processo de descanso do corpo que regula o metabolismo, libera hormônios essenciais e permite maior regeneração celular.
O relógio biológico é regulado pelo ciclo circadiano.
Ele tem um padrão de 24 horas e normalmente é sincronizado com a luz do dia e a escuridão.
Acredita-se que ele regula todos os processos fisiológicos que ocorrem no nosso corpo. Segundo Fred Turek, neurocientista americano, o ciclo sono-vigília é apenas um deles. Quando o dia amanhece e a luz do sol entra pela janela do quarto, as células da retina percebem a luminosidade do ambiente e avisam uma parte do nosso cérebro chamado “núcleo supraquiasmático” que comunica ao corpo que é hora de levantar e iniciar as atividades do dia.
A melatonina produzida pela glândula pineal, é a responsável pela indução do sono e a produção da mesma vai diminuindo com a idade. Segundo a “National Sleep Foundation” um adulto deve dormir de 6 a 8 horas por dia.
Ir para cama sempre no mesmo horário, todas as noites, ajuda a regular o relógio biológico.
Quanto a isto as pessoas se dividem em 2 grandes grupos distintos. Os matutinos e os vespertinos.
Os matutinos são aqueles que dormem cedo e acordam cedo. Os vespertinos acordam tarde e dormem mais tarde.
Os Americanos e os Europeus, com exceção dos espanhóis são exemplos de matutinos.
São madrugadores, jantam as 18 horas e vão dormir poucas horas depois.
A conservação destes costumes ajuda a regular nossos hábitos diários de comer, urinar, evacuar etc.
A inconstância pode influenciar negativamente no ânimo, no humor e no temperamento individual.
Dormir é necessário, entretanto a vida transcorre e é desfrutada durante a vigília.
Um homem de 80 anos, que dorme oito horas por dia, passará um terço da vida dormindo, isto é, 24 anos. Se ele dormir 6 horas por dia, no final da vida terá dormido 20 anos. São 4 anos de diferença. São 4 anos a mais!
O sol nascendo de manhã é um espetáculo fantástico e estimulante. Pena que a maioria prefere estar dormindo.
Quando aparecer a luz, levante correndo e agradeça a Deus a oportunidade de viver um novo dia.
Segundo Mario Quintana: “ Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto é como abrisse o mesmo livro, numa pagina nova…”
Esta nova folha deve ser escrita diariamente. A vida é muito curta e o tempo muito veloz. Tente aproveitar cada momento do seu dia acordado. Este dia que passou não vai mais se repetir! Nós vamos dormir séculos!
Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
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