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Brasil “Nossa tarefa é impedir que o Centrão sequestre a agenda política do Brasil”, diz a nova presidente do Psol

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Paula Coradi foi eleita para comandar o partido de esquerda até 2026. (Foto: Divulgação/PSOL)

Eleita para o comando nacional do PSOL, Paula Coradi assumiu o cargo há duas semanas, em meio a polêmicas dentro e fora do partido de esquerda. Ela critica a entrada do Centrão no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (do qual sua legenda faz parte) e garante que não ficará à sombra do deputado federal Guilherme Boulos, colega de partido e pré-candidato à prefeitura de São Paulo.

Em entrevista à imprensa, ela respondeu sobre esses e outros temas, Confira, a seguir, alguns trechos da fala.

– A senhora assume logo após um congresso do Psol em que houve agressão física entre correligionários. Quais providências tomou?

Nós já identificamos os dois envolvidos e agora eles irão responder na Comissão de Ética do partido.

– A sua eleição também representa a vitória do Guilherme Boulos dentro do partido?

Sou muito próxima do Guilherme Boulos, mas não queria ser tão associada a ele. Ele entrou no partido em 2018, quando eu já tinha quase dez anos de filiação à sigla. Há uma forte associação porque ele é um grande quadro da legenda, mas tenho minha própria trajetória de militância.

– A sigla está rachada? Qual o maior impasse da legenda, na sua avaliação?

Não considero que esteja rachado, nossa chapa recebeu 67% dos votos. A maior divergência está em torno da nossa posição em relação ao governo Lula. Um grupo defende que nós participemos do governo e outra, que foi derrotada, de que devíamos atuar com independência. Então, hoje, não há possibilidade de deixarmos a base.

– Como o partido avalia a adesão do Centrão ao governo federal?

Ajudamos a construir a vitória do presidente Lula desde 2022, então a contradição (de fazer parte do governo) não está do nosso lado. A nossa tarefa é defender que a agenda eleita nas urnas seja implementada e evitar que o Centrão sequestre a agenda política no Brasil.

– Já levaram essa posição ao Palácio do Planalto, formalmente?

Não fomos consultados, mas, se fôssemos, diríamos que não achamos que esse é o melhor caminho. Mas temos que considerar que hoje existe uma extrema-direita articulada e com base social. Para nós, é importante estar dentro do governo Lula e fazer com que ele seja progressivo para os trabalhadores e que combata as desigualdades.

– Qual o caminho para Boulos vencer a eleição em São Paulo? Acha que ele deve acenar à centro-direita?

Ele é uma pessoa muito firme nas posturas, e eu não acredito que vá ter uma grande mudança. Mas existe uma forma sendo discutida dentro da coordenação de campanha, que vai avaliar cada momento. O Guilherme conversa com todo mundo e vai ouvir todos.

– No Rio, há possibilidade de o partido abrir mão da candidatura do deputado federal Tarcísio Motta para compor uma frente ampla pela reeleição de Eduardo Paes frente a um oponente bolosonarista?

Temos duas candidaturas muito importantes no Rio. Uma delas é a do Tarcísio, na capital, e a outra é de Talíria Petrone, em Niterói. Não vislumbramos cenário em que seja possível a retirada do nome de Tarcísio, fica muito distante esse apoio (ao Eduardo Paes). O Psol é o maior partido da esquerda no Rio, portanto é nosso papel também lutar por esse espaço.

Perfil

Paula Coradi substitui Juliano Medeiros, que esteve na Presidência Nacional do Psol entre 2017 e 2023. A decisão encerra meses de processo congressual, que se iniciou ainda em julho com as plenárias municipais, que contaram com a participação de mais de 53 mil filiados.

Filiada ao partido desde 2009, ela tem 38 anos e é natural de Vila Velha (ES). Começou sua militância política na Universidade Federal do Espírito Santo, onde se graduou em História. Professora licenciada da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo, leciona no Ensino Fundamental.

Foi dirigente municipal e estadual antes de integrar a Executiva Nacional do PSOL a partir de 2017, após o 6º Congresso do PSOL. Como Secretária de Movimentos Sociais, trabalhou ativamente nas articulações para uma aproximação do partido com estas organizações populares.

Em 2018, atuou na coordenação de campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República. Dois anos depois, esteve na coordenação da campanha que levou Boulos ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

No 7º Congresso do PSOL, em 2021, assumiu a Secretaria de Organização do partido e articulou em diferentes frentes para que o PSOL aumentasse o número de filiados e tivesse um maior protagonismo político-eleitoral, que culminou na eleição da maior bancada federal do partido em sua história.

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