Diante do ajuste fiscal para controlar as contas públicas, a presidenta Dilma Rousseff afirmou neste sábado (11) que o objetivo do Palácio do Planalto é “manter a meta” de superávit primário, atualmente de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto), mas disse que o governo ainda não tem uma decisão final sobre o assunto.
“O nosso objetivo é manter a meta [fiscal]. Nós ainda não decidimos sobre isso. Agora, a gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta”, disse a presidenta, que visitou o Pavilhão Brasil na Expo Milão 2015, na Itália. Dilma deixará o país às 15h (horário local) e deverá desembarcar em Brasília por volta de 23h40min deste sábado.
O Ministério do Planejamento vai propor a Dilma a criação de uma banda de flutuação para a meta de superávit primário (receitas menos gastos, fora despesas com juros) para absorver o efeito de queda na arrecadação de tributos que, neste ano, supera os 3% em termos reais, ou seja, descontada a inflação.
A ideia é criar um mecanismo semelhante ao do sistema de metas da inflação, no qual existe uma banda de tolerância para cima e para baixo, para acomodar choques de preços temporários. Caso a banda seja de 0.5 ponto, por exemplo, a meta poderia chegar, no máximo, a 1,6% ou cair a 0,6% do PIB.
Ainda sobre o aperto das contas públicas, Dilma afirmou que o Brasil “precisa fazer um grande esforço para voltar a crescer” e, por isso, sinalizou mais uma vez que deve vetar o aumento dos salários dos servidores do Judiciário, aprovado pelo Congresso em uma das grandes derrotas do governo. (Folhapress)