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Notícia sobre câncer da princesa Kate Middleton gera onda de solidariedade no Reino Unido

Kate Middleton revelou ao mundo que está com câncer há pouco mais de uma semana. (Foto: Reprodução)

No Reino Unido, o anúncio de que a princesa Kate Middleton está com câncer gerou uma onda de solidariedade e de conscientização sobre a doença. A imagem de Kate e a mensagem de esperança dela contra o câncer estamparam os principais jornais britânicos na última semana.

As redes sociais, que nas últimas semanas alimentaram rumores maldosos sobre a saúde e o casamento da princesa, agora foram tomadas por palavras de carinho e solidariedade. Nas ruas, teorias conspiratórias viraram compaixão.

“Ela é mãe, quero que ela fique bem logo para os filhos”, diz uma britânica

“Primeiro o rei Charles, agora ela. Quanta notícia ruim para a família em tão pouco tempo”, fala um homem em Londres.

Com quase 400 mil pessoas diagnosticadas com câncer todos os anos no Reino Unido, o relato corajoso e transparente de Kate pode incentivar muita gente a pensar melhor na própria saúde, verificar sintomas e buscar ajuda cedo.

Peça fundamental da engrenagem da monarquia britânica, a princesa de Gales está fazendo falta.

O marido, William, herdeiro direto ao trono, volta às funções reais depois da Páscoa e vai acumular compromissos, já que o pai também está com câncer. O ano de 2024 não começou nada bem para a realeza.

Mas, pelas ruas, a maioria concorda que este é o momento de ficar ao lado da família, longe dos holofotes. Agora, o foco é na saúde.

– O que é quimioterapia? É um tipo de tratamento baseado na aplicação de medicamentos e que age inibindo a replicação acelerada e o crescimento das células, segundo a oncologista Rachel Riechelmann, chefe do departamento de Oncologia Clínica do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo. “O câncer é resultado do crescimento desordenado de células e a quimioterapia é o principal tratamento para a doença hoje”, explica.

A princesa de Gales, Kate Middleton, de 42 anos, anunciou há uma semana que foi diagnosticada com câncer e está realizando quimioterapia.

Apesar de a princesa ter comentado no vídeo que está realizando sessões de quimioterapia “preventivas”, a especialista pontua que este não é o termo mais assertivo para esse tipo de tratamento. Segundo ela, a quimioterapia é sempre para tratar algo já diagnosticado, nunca para prevenir.

“O que provavelmente as pessoas querem dizer com ‘preventiva’ é a quimioterapia de uso curativo, chamada de adjuvante. Ela ocorre em situações em que, apesar de o câncer estar localizado em um órgão, ou seja, não ter se espalhado pelo corpo, ainda há chances de existirem células cancerígenas circulando no sangue. É uma forma de impedir que o câncer se espalhe pelo corpo e tem grandes chances de sucesso”, descreve.

Rachel destaca, contudo, que a quimioterapia também é indicada nos casos em que houve metástase (disseminação do câncer pelo corpo), mas que, nesses casos, o tratamento pode ser chamado de “paliativo” ou neoadjuvante. “Trata-se de um quadro mais avançado da doença”, esclarece.

Segundo ela, a quimioterapia é altamente efetiva, especialmente quando ainda não houve metástase.

– A quimioterapia é recomendada para quais tipos de câncer? Diversos, segundo a oncologista. “É possível tratar tumores de estômago, intestino, bexiga, ovário, mama, útero, pulmão, entre outros”, lista.

Ainda de acordo com a médica, há vários tipos de quimioterapia – inclusive, muitas vezes há mais de uma opção para o mesmo tipo de câncer. “Para o de estômago, por exemplo, há três tipos de quimioterapia disponíveis”, exemplifica.

Em relação à duração do tratamento, o oncologista Thiago Jorge, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, conta que varia de acordo com o quadro de cada paciente. “Pode durar três meses, um ano ou muitos anos”, informa.

– Quais os efeitos colaterais da quimioterapia? A quimioterapia não é um tratamento que age só nas células cancerosas: ela também afeta as células saudáveis do corpo. Por isso, de acordo com a especialista, esse tratamento pode ter diversos efeitos colaterais, como perda de cabelo, anemia, enjoo, cansaço, baixa imunidade, entre outros.

Apesar disso, de acordo Jorge, hoje, há muitas formas de mitigar esses efeitos indesejados. “Os medicamentos mais modernos normalmente causam menos efeitos colaterais do que aqueles que eram usados antigamente. Além disso, buscamos sempre acompanhar de perto os pacientes para ir ajustando doses, se necessário”, ensina. As informações são do portal de notícias G1 e do jornal O Estado de S. Paulo.

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