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Notícias falsas têm mais engajamento nas redes sociais do que mídia tradicional

A maioria das informações foi coletada de usuários da Índia. (Foto: Reprodução)

De acordo com estudo do Instituto de Internet da Universidade da Oxford, informações com conteúdo extremo e falso geram maior engajamento no Facebook do que notícias publicadas pela chamada “mídia tradicional”. A investigação analisou as postagens relacionadas às eleições do Parlamento Europeu.

A pesquisa avaliou o que chama de junk news, ou seja, conteúdos “ideologicamente extremos, enganosos e informações com fatos incorretos”. A disseminação desse tipo de postagem vem ocorrendo em larga escala em processos políticos na região, o que preocupa autoridades da União Europeia. “As junk news em nossa base tenderam a envolver temas populistas como anti-imigração, fobia contra grupos islâmicos, com poucos mencionando líderes ou partidos europeus”, afirmaram os pesquisadores.

Assim, sites populares de junk news obtiveram engajamento – que são interações com as publicações, como curtidas, compartilhamentos e comentários – de 1,2 a 4 vezes maior do que as notícias provindas dos meios jornalísticos tradicionais na maioria dos idiomas. As com maior índice de interação foram inglês (3,2 mil por publicação), alemão (1,9 mil), sueco (1,76 mil) e francês (1,7 mil). Já nas páginas de Facebook de sites em italiano e polonês a situação se inverte: nestas, os veículos jornalísticos obtêm maior engajamento.

Além do Facebook, a investigação foi feita no também no Twitter, onde a presença de conteúdos enganados é menor. Entre as mensagens analisadas, menos de 4% das fontes tinham como foco a difusão de junk news. A exceção foi a Polônia, onde esse tipo de publicação representou 21% dos conteúdos analisados. Os veículos tradicionais de mídia tiveram desempenho melhor, com 34% das informações compartilhadas.

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