A empresa de segurança cibernética Kaspersky identificou uma ameaça que usa “tecnologia sem precedentes” para infectar dispositivos iOS, como iPhones e iPads. A diferença dessa ameaça é que o iMessage é usado como um vetor de distribuição de malware.
O iMessage é um serviço de mensagens instantâneas lançado pela Apple em 2011. Disponível exclusivamente nas plataformas da Apple, como macOS, iOS, iPadOS e watchOS, o iMessage permite o envio de mensagens de texto, imagens, vídeos e documentos por meio de uma conexão de internet.
O método utilizado é engenhoso e manipulativo porque não requer ações especiais do usuário. Após receber um iMessage com um arquivo contaminado, o dispositivo é instantaneamente infectado sem que o usuário precise clicar em nenhum link suspeito.
Após uma infecção bem-sucedida, o vírus executa o código para obter direitos de administrador no dispositivo, dando aos hackers controle total. Os criminosos podem acessar gravações do microfone, imagens de aplicativos de comunicação, posição geográfica, dados pessoais e outras ações do usuário, comprometendo sua privacidade e segurança.
Medidas de proteção
Infelizmente, ainda não há ações preventivas disponíveis para evitar a contaminação pelo vírus. Recomenda-se aguardar informações e atualizações para dispositivos com iOS e iPadOS, conforme orientações da Kaspersky. Enquanto isso, siga as recomendações básicas para proteger seu iPhone:
– Mantenha seu sistema operacional atualizado;
– Baixe apenas de fontes confiáveis: Utilize a App Store oficial da Apple para obter aplicativos e evite links suspeitos enviados por mensagens ou e-mails desconhecidos;
– Evite clicar em links suspeitos e verifique a autenticidade da fonte antes de fornecer informações pessoais ou confidenciais;
– Use senhas fortes e autenticação de dois fatores;
– Fique atento às atualizações da Apple e siga as práticas recomendadas para garantir a segurança do seu iPhone.
A descoberta da nova ameaça, que utiliza uma técnica inédita para espionar iPhones, é um alerta crucial para a segurança digital. “Os hackers demonstraram uma sofisticação alarmante ao explorar vulnerabilidades e infectar dispositivos sem a necessidade de interação do usuário”, disse a empresa de segurança.