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Nova composição do Planalto pode ter “núcleo duro” de militares

Investigações expõem múltiplas frentes de ataque às urnas. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Assessores do presidente Jair Bolsonaro disseram nesta quinta-feira (13) que o desenho final da nova composição do Palácio do Planalto ainda não está definido. Mas, o que está em discussão prevê o “núcleo duro” do governo composto por integrantes da ala militar.

Hoje, no Palácio do Planalto, já auxiliam diretamente o presidente Bolsonaro o ministro Luiz Eduardo Ramos e o ministro Augusto Heleno, ambos generais do Exército.

Ramos, secretário de Governo, é o responsável pela articulação política, e Heleno pelo Gabinete de Segurança Institucional. O vice-presidente, Hamilton Mourão, também é general.

Na Casa Civil, Onyx Lorenzoni é o nome político do Planalto. Porém, para sobreviver ao cargo nos últimos meses, aproximou-se da ala ideológica, que tem como mentor o ideólogo Olavo de Carvalho.

Nos bastidores, ministros afirmam que está em discussão a ideia de deslocar Onyx para o Ministério da Cidadania, hoje comandado por Osmar Terra. No entanto, o martelo ainda não foi batido.

Se isso ocorrer, o mais cotado para a vaga de Onyx é o general Braga Neto, que foi o interventor federal do Rio de Janeiro na gestão de Michel Temer. Assim, se as mudanças no Planalto se confirmarem, auxiliarão o presidente uma trinca da ala militar: Heleno, Ramos e Braga Neto, que são amigos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, também despacha do Planalto e será o único assessor de primeiro escalão fora da ala militar. Ainda que não tenha vindo das Forças Armadas, Oliveira foi da Polícia Militar do Distrito Federal por vinte anos, onde chegou ao posto de Major.

Um assessor presidencial avalia que a opção por essa troca, se confirmada, também se dará por conta de “um desgaste da imagem política” junto à sociedade. Por isso, os nomes dos auxiliares militares ganham força para cargos geralmente ocupados por políticos em outros governos. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi.

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