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Nova dose da Moderna produz mais anticorpos contra subvariantes da Ômicron do que a primeira versão da vacina

Aditivo para entrega de imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan foi assinado na sexta. (Foto: Reprodução)

A nova versão da vacina desenvolvida pela Moderna produz mais anticorpos contra as subvariantes da Ômicron BA.4 e BA.5 do que a primeira versão, informou nesta segunda-feira (14) a farmacêutica norte-americana.

“Isso é encorajador, pois a covid continua sendo uma das principais causas de hospitalização e morte em todo o mundo”, frisou em comunicado à imprensa a executiva-chefe da empresa, Stéphane Bancel.

Os dados do estudo ainda não foram revisados por pares, mas foram examinados por reguladores federais dos Estados Unidos (EUA).

No estudo, 511 pessoas receberam a nova versão, enquanto outras 300 receberam a primeira. O primeiro grupo apresentou uma maior produção de anticorpos contra as subvariantes

“É importante ressaltar que os resultados foram consistentes entre os participantes com 65 anos ou mais e aqueles com 18 a 65 anos”, destacou a Moderna, em nota.

Pfizer

A Pfizer e BioNTech também anunciaram, em outubro, que o reforço da vacina contra as duas variantes gerou uma forte resposta imune e foi bem tolerada nos testes em humanos.

Segundo o comunicado, o reforço adaptado mostrou um aumento substancial nos níveis de anticorpos neutralizantes contra as subvariantes BA.4 e BA.5 em adultos após uma semana.

No Brasil, o novo reforço da Pfizer segue em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência recebeu o pedido de uso emergencial no dia 30 de setembro. A versão bivalente já foi aprovada na União Europeia e nos Estados Unidos.

“Embora esperemos dados de resposta imune mais maduros do ensaio clínico de nossa vacina bivalente adaptada ômicron BA.4/BA.5 nas próximas semanas, estamos satisfeitos em ver respostas encorajadoras apenas uma semana após a vacinação em adultos mais jovens e mais velhos, “, disse o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla.

Os dados preliminares também mostraram que, na faixa etária de adultos com mais de 55 anos, a nova injeção bivalente desencadeou uma melhor resposta de anticorpos neutralizantes contra as subvariantes BA.4/5 do que a injeção estabelecida com base na forma inicial do vírus.

Vacinação

Os dados do consórcio de veículos de imprensa mostram que 171.682.105 brasileiros estão totalmente imunizados ao tomar a segunda dose ou a dose única de vacinas. Este número representa 79,92% da população total do país. A dose de reforço foi aplicada em 105.422.155 pessoas, o que corresponde a 49,07% da população.

“É importante esclarecer que as vacinas disponíveis atualmente continuam a funcionar relativamente bem, especialmente contra casos graves, e todo mundo deve completar o esquema com três ou quatro doses para ficar mais protegido”, pontua a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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