Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2019
A ação foi deflagrada em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia e no Distrito Federal
Foto: PF/DivulgaçãoA PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a 69ª fase da Operação Lava-Jato, que investiga pagamentos suspeitos do grupo Oi/Telemar para uma empresa de Fábio Luis Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula.
Os agentes cumpriram 47 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Bahia e no Distrito Federal. A ação foi autorizada pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
Batizada de Mapa da Mina, a operação é um desdobramento da 24ª etapa da Lava-Jato, na qual o ex-presidente Lula foi conduzido a prestar depoimento. São investigados os crimes de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, que, segundo as apurações, era feita por meio de contratos de operadoras de telefonia, internet e TV por assinatura atuantes no Brasil e no exterior.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), são apurados repasses financeiros suspeitos do grupo Oi/Telemar em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por Fábio Luis Lula da Silva, Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna.
Os pagamentos, conforme a força-tarefa, ocorreram entre 2004 e 2016, sem justificativa econômica plausível. Segundo o MPF, isso aconteceu no tempo em que “o grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados pelo governo federal”. O montante dos repasses apurado até o momento chega a R$ 193 milhões, conforme a PF.
A Oi afirmou que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes”.