A nova legislação eleitoral favorecerá três tipos de candidatos: os que já têm mandato, aqueles capazes de financiar a própria campanha e nomes lançados por igrejas, sindicatos e estruturas com base eleitoral formada e mobilizada.
A duração da campanha reduzida à metade e as restrições da lei para veiculação de propaganda exigirão ações rápidas. Nesse cenário, quem tem mandato deve se beneficiar para reativar sua base e arrecadar fundos. Um vereador paulistano que tenta a reeleição aposta que colegas da Câmara Municipal pedirão doações aos servidores que “não vão querer perder seus empregos”.
Outro tipo de candidato que larga com vantagem é o que tem capital próprio, já que a nova legislação não estabelece limite para o autofinanciamento. Nessa categoria, João Doria, que disputa a prefeitura de São Paulo pelo PSDB, bancou a pré-candidatura e deverá custear parte da campanha, com previsão de 15 milhões de reais. Seu adversário Celso Russomanno, do PRB, se beneficiará não só de seu mandato como deputado federal, mas também da popularidade como apresentador de TV.
O deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade e da Força Sindical, aposta em candidatos ligados à Polícia Militar, escolas de samba e sindicatos, pela mobilização. (Folhapress)