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Mundo Nova York enfrenta surto de mosquitos infectados por vírus

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Em muitos pontos, o problema pode ser comparado com a dengue no Brasil. (Foto: Reprodução)

Nos Estados Unidos, autoridades de Nova York alertam para um surto de mosquitos contaminados com o vírus da Febre do Nilo Ocidental (FNO). Segundo o Departamento de Saúde da cidade, um número recorde de insetos foi detectado e, no momento, dois confirmados da doença foram registrados.

Até o momento, foram encontrados mais de mil focos de criação do mosquito, que durante uma fase de desenvolvimento é uma larva. No ano inteiro de 2021, foram detectados cerca de 750 criadouros do inseto. Em muitos pontos, o problema pode ser comparado com a dengue no Brasil.

Diante da multiplicação do mosquito da Febre do Nilo Ocidental, especialistas alertam para a conexão do atual cenário com as ondas históricas de calor que afetaram Nova York em julho deste ano, o que pode ter favorecido a multiplicação dos insetos.

“Use um repelente de insetos registrado pela EPA, use mangas compridas e calças, especialmente ao anoitecer e ao amanhecer, quando os tipos de mosquitos que transmitem a FNO são mais ativos. Além disso, você pode impedir que os mosquitos ponham ovos na água esvaziando os recipientes ao ar livre que contêm água ou ligando para o 311 se vir água parada que não pode esvaziar”, alerta o médico Ashwin Vasan, em comunicado.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a maioria das pessoas picadas pelo mosquito da Febre do Nilo Ocidental permanecem assintomáticas e, muito provavelmente, não saberão que estão doentes.

No entanto, cerca de 20% das pessoas picadas apresenta sintomas e, em alguns casos, a doença pode evoluir para desfechos fatais. Entre os principais sintomas da doença encontrada em Nova York estão:

— Febre;
— Dor de cabeça;
— Dores no corpo;
— Dores nas articulações;
— Vômitos;
— Diarreia;
— Erupções cutâneas.

Em média, uma pessoa em 150 infectados desenvolverá uma forma muito grave da FNO. Nestes casos, o vírus afeta o sistema nervoso central, provocando a inflamação cerebral e/ou a meningite. Em alguns casos, o paciente pode morrer em decorrência da infecção. Atualmente, não existem vacinas e nem antivirais específicos contra o agente infeccioso.

Vale explicar que a Febre do Nilo Ocidental é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus. Este é o mesmo ao qual pertencem os agentes infecciosos da dengue, do zika, do chikungunya e da febre amarela.

Outra semelhança com a série de doenças tropicais enfrentadas no Brasil é o vetor. Isso porque o principal gênero de mosquito identificado como vetor do vírus da Febre do Nilo Ocidental é o Culex — que também pode transmitir a febre amarela. Outro mosquito associado com a doença é o Aedes triseriatus, um parente muito próximo biologicamente do Aedes aegypti — bastante comum no Brasil.

A questão é que as outras doenças — dengue, zika, chikungunya e febre amarela — são mais raras em Nova York e nos EUA que no Brasil por diferentes fatores, incluindo históricos. Hoje, especialistas apontam que, dificilmente, a Febre do Nilo Ocidental deve se espalhar nacionalmente, enquanto as outras doenças forem dominantes, já que não há espaço de propagação. Embora existam relatos da infecção entre brasileiros, a incidência é muito baixa.

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