Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2023
Autoridades acreditam que a cocaína, presa a uma rede e coberta com rolhas amarelas, foi colocada em um “ponto de trânsito flutuante” no oceano Pacífico
Foto: DivulgaçãoA polícia da Nova Zelândia confiscou, nesta quarta-feira (08), 3,2 toneladas de cocaína que flutuava no oceano Pacífico. Segundo as autoridades do país, a quantidade é suficiente para satisfazer a demanda pela droga no país durante trinta anos.
O chefe da polícia da Nova Zelândia, Andrew Coster, disse que os 81 pacotes de cocaína pesavam 3,2 toneladas e tinham um valor de mercado de cerca de US$ 316 milhões (R$ 1,6 bilhão). “Esta é a maior descoberta de drogas ilícitas já feita pelos serviços da Nova Zelândia”, disse ele.
As autoridades acreditam que a cocaína, presa a uma rede e coberta com rolhas amarelas, foi colocada em um “ponto de trânsito flutuante” no Oceano Pacífico, de onde os traficantes deveriam tê-la recuperado a caminho da Austrália. “Pensamos que [a droga] estivesse destinada à Austrália, onde seria suficiente para alimentar o mercado por um ano”, explicou o comissário de polícia. “É mais do que a Nova Zelândia usaria em trinta anos”, acrescentou.
Entretanto, autoridades neozelandesas encontraram e interceptaram a droga no meio do oceano antes do “resgate”.
Ao jornal britânico The Guardian, o diretor do Grupo de Crime Organizado Nacional, Greg Williams, afirmou que a Nova Zelandia não é um mercado de cocaína. Isso é outro fator que alimenta ainda mais as suspeitas de que o destino das drogas não seria para aquele país.
À deriva
Um navio da Marinha da Nova Zelândia interceptou os pacotes com cocaína, que estavam à deriva centenas de quilômetros a noroeste do país, graças a informações da aliança “Five Eyes”. Essa rede de colaboração de inteligência inclui Austrália, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia.
Alguns dos fardos tinham um símbolo do Batman, e os pacotes de cocaína dentro estavam rotulados com o que parecia ser uma impressão de trevo de quatro folhas. “Acreditamos que essa droga era destinada à Austrália, onde teria sido suficiente para atender o mercado por um ano”, disse Coster.
“Não há dúvida de que esta descoberta representa um grande golpe financeiro para os produtores sul-americanos e distribuidores deste produto”, disse Andrew Coster, chamando a apreensão da cocaína no oceano de um “resultado importante” para os serviços policiais da Nova Zelândia e da Austrália.
No entanto, as autoridades neozelandesas afirmaram que é muito cedo para determinar o local de origem da droga, ou mesmo de que parte do mundo ela vem. Uma foto divulgada pela polícia mostrou que o enorme carregamento estava amarrado por redes e coberto por capas amarelas.