Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2017
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou nesta quarta-feira (18) que nove Estados das regiões Norte e Centro-Oeste aderiram ao Plano Nacional de Segurança e admitiram a presença de militares das Forças Armadas em presídios. A anuência dos governadores, porém, não quer dizer que os nove Estados tenham solicitado a ajuda federal.
A possibilidade de envio das Forças Armadas aos estados foi anunciada pelo governo em razão do caos no sistema carcerário de todo o País, que tem registrado diversas rebeliões e mortes ao longo das últimas semanas. O Rio Grande do Norte, por exemplo, já pediu o envio das tropas militares, assim como o Estado de Roraima.
Moraes deu a informação sobre os nove Estados no início da noite desta quarta, após participar de uma reunião no Palácio do Planalto entre o presidente Michel Temer e representantes dos governos de Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
“Os governadores analisaram a questão e já os nove governadores assinaram o pacto, aderindo ao Plano Nacional de Segurança e também à possibilidade de as Forças Armadas, como colocou ontem [terça, 17] o presidente Michel Temer, poderem fazer revistas em seus Estados”, declarou o ministro.
Motins
Somente nos primeiros 15 dias do ano, motins aconteceram, por exemplo, nos Estados de Amazonas, onde 56 morreram; Roraima,com 31 mortos; e Rio Grande do Norte, onde 26 morreram. Além disso, nove pesoas ficaram feridas durante rebelião em Minas Gerais e 28 presos fugiram de uma penitenciária no Paraná.
Mais cedo, nesta quarta, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que, inicialmente, mil integrantes das Forças Armadas serão mobilizados para as operações nos presídios.