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Brasil Nove pessoas morreram pisoteadas após ação policial em baile funk de São Paulo

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Confusão aconteceu durante baile funk em Paraisópolis. (Foto: Reprodução)

Nove pessoas morreram pisoteadas na madrugada deste domingo (1º) depois de uma ação da Polícia Militar para dispersar um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo. Duas pessoas ficaram feridas e duas viaturas da PM foram depredadas.

No momento, as versões sobre o ocorrido são bastante divergentes. A PM afirma que agiu em resposta a criminosos que atacaram policiais e tentaram se esconder dentro da festa. Participantes do baile e moradores da favela dizem que PMs encurralaram frequentadores, o que levou ao pisoteio das vítimas em uma viela da comunidade.

O tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, concedeu entrevista coletiva para explicar a ação da PM na Paraisópolis, em São Paulo, que terminou com nove pessoas mortas após serem pisoteadas.

Segundo Massera, a ação dos policiais teve início após flagrarem dois homens em uma moto em atitude suspeita. Então, os suspeitos fugiram dos PMs, que iniciaram uma perseguição. Ao chegarem em um baile, os homens teriam entrado no meio da multidão, que, segundo o porta-voz, atacou os policiais.

“A fuga foi breve. (Os suspeitos) Entraram na comunidade atirando contra os policiais. A moto ainda não foi apreendida, nem os indivíduos foram presos. Todos os policiais relataram a mesma coisa. Estamos apurando se existem câmeras na região para esclarecer melhor. A tentativa de abordagem realmente se deu, isso temos comprovado pela comunicação de rádio”, explicou o porta-voz da PM, que continuou:

“Criminosos usaram pessoas que frequentavam o baile como escudos humanos. Pessoas foram em direção aos PMs arremessando pedras e garrafas. A atuação dos PMs foi de proteção aos policiais.”

O porta-voz da PM também disse ser “difícil analisar” neste primeiro momento “se o procedimento foi correto” e que a atuação da PM “deve ser preventiva” em casos como esse. Massera ainda afirmou que, com base nos primeiros relatos, a utilização das balas de borracha foi “razoável” e que “possivelmente foi aplicada de forma correta”, mas que tudo será investigado. Ele ainda relatou que a catástrofe seria maior “se fosse dispersar toda aquela multidão”.

“Nós recebemos as imagens, todas as imagens estão incluídas no inquérito policial militar para ser analisadas. Não temos certeza que tudo tenha acontecido nesta madrugada. Algumas imagens nos sugerem abuso, ação desproporcional. Evidentemente, o rigor vai responsabilizar quem cometeu algum excesso, algum abuso. O relato que temos é que os policiais, para conseguirem recuar, fizeram uso de munições químicas (duas de efeito moral, mais duas de gás lacrimogênio), mais oito disparos de balas de borracha”, explicou Massera.

Cerco fechado
Policiais militares podem ter cercado o baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, e impedido sua dispersão, segundo relato de participantes do evento à imprensa. O cerco teria levado quem estava na rua a correr para uma viela — e o resultado foi a morte de pelo menos nove pessoas pisoteadas. A Polícia Militar nega ter encurralado os frequentadores.

Segundo o estudante de direito Luiz Henrique, 26 anos, é comum que policiais militares sejam chamados para acabar com bailes e, por vezes, ajam com truculência para dispersar a festa. No entanto, mesmo quando há agressões e uso de munição não letal, os policiais “geralmente deixam o pessoal correr”. Segundo ele, não foi o que ocorreu na última madrugada.

“Eles fecharam dos dois lados, e todo mundo correu para uma viela de três metros de largura. Quem estava na frente caiu”, afirmou. Um vídeo que circula nas redes sociais (veja abaixo) mostra policiais encurralando frequentadores do baile, mas não há confirmação de que a gravação foi feita durante esta madrugada.

Ainda de acordo com Luiz, policiais chegaram a jogar bombas de efeito moral na viela, o que deixou os frequentadores — adolescentes, em sua maioria — mais desesperados. “Um outro policial mandou pararem”, disse.

 

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https://www.osul.com.br/nove-pessoas-morreram-pisoteadas-apos-acao-policial-em-baile-funk-de-sao-paulo/ Nove pessoas morreram pisoteadas após ação policial em baile funk de São Paulo 2019-12-01
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