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Novela de privatização da Corsan vai chegando ao final

Venda do controle acionário da Corsan aconteceu em leilão na Bolsa de Valores (B3) em São Paulo, em dezembro de 2022. (Foto: Divulgação)

A novela da privatização da Corsan, ganhou ontem (20) um dos derradeiros capítulos, depois que funcionários da companhia decidiram em assembleia referendar, quase que por unanimidade, o acordo inédito negociado junto ao TRT-RS (Tribunal Regional do Trabalho), extinguindo a ação que questionava direitos trabalhistas dos empregados da Companhia. A decisão de ontem é um marco do término das barreiras judiciais que impediam a assinatura do contrato de desestatização com a Aegea. Nunca é demais lembrar que a Aegea foi a vencedora do leilão realizado em dezembro do ano passado, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O ultimo obstáculo nessa corrida, não tem origem em decisão judicial, mas em caprichoso parecer monocrático de uma conselheira substituta do Tribunal de Contas do Estado que impede desde dezembro de 2022, a conclusão do processo de transferência das ações da Corsan para a Aegea.

Risco de apagão nos serviços de saneamento da Corsan

Um outro fato curioso neste intrincado mistério que inspira algumas decisões de órgãos técnicos, é a cirúrgica Ordem de Serviço emitida pelo TCE em 5 de maio último determinando que a Corsan se abstivesse de qualquer comunicação com a empresa que a arrematou em leilão realizado em dezembro último. A medida tem uma consequência prática: a prestação de serviços da Corsan corre risco de apagão. A descontinuidade poderá acontecer a partir da preciosa ordem de serviço do TCE, porque a interação entre as companhias no âmbito Operacional e de Tecnologia preveniria interrupções no atendimento à população, uma vez que possibilitaria uma transição planejada entre as duas gestões. Atualmente, a Corsan está presente em 317 municípios e atende a 6,5 milhões de pessoas.

Calculo otimista indica final da novela

Depois da decisão de ontem no Tribunal Regional do Trabalho, já existe um cálculo otimista, baseado no bom senso, indicando que até o início de julho, poderá ter início a operação da Corsan sob gestão da Aegea, garantindo R$ 1,5 bilhão em investimentos, ao ano, nos sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto para 6,5 milhões de gaúchos de 317 municípios até 2033, como prevê o contrato. Dentro de poucos dias após a assinatura do contrato com o Governo gaúcho há previsão de início em todo o estado, de um mutirão de obras para recuperar os investimentos que já teriam sido feitos caso a empresa tivesse assumido imediatamente após o leilão. Esse valor é mais que o dobro do investimento anual máximo da história da Corsan (R$ 643 milhões).

Eleições do Cremers movimentam médicos gaúchos

O grupo que representa a atual gestão do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS) foi o primeiro a ter a chapa homologada para a disputa, cuja votação será nos dias 14 e 15 de agosto deste ano. A chapa 1, batizada “CREMERS de Todos”, tem o compromisso de seguir próxima dos médicos e de manter o protagonismo nos grandes temas de interesse da medicina. O grupo é integrado por médicos da Capital e do Interior, entre eles o presidente da entidade, Carlos Sparta, o presidente da Associação Médica do RS, Gerson Junqueira Jr., o ex-secretário de saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, a presidente da World Stroke Organization, Sheila Martins e o pró-reitor de inovação da UFRGS, Geraldo Jotz. O presidente do Cremers Carlos Sparta identifica uma mudança importante no papel do Conselho:

“O Cremers deixou de ser uma entidade que só aparece para cobrar anuidade e intimar os profissionais. Passou a ser um conselho parceiro dos médicos, com orientação, apoio e defesa da boa medicina. Queremos dar sequência a essas mudanças.”

Frente da Agropecuária busca posição do governo federal para lácteos do Mercosul

Após a articular com o governador Eduardo Leite, o deputado Elton Weber (PSB) participa nesta quarta-feira (21), às 15h, da audiência da comitiva do governo gaúcho com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Paulo Teixeira, em Brasília, em que Weber buscará um posicionamento sobre a reivindicação de adoção imediata de Tarifa Externa Comum (TEC) de 12% para produtos lácteos importados do Mercosul. O pleito foi enviado eletronicamente ao ministro pela Frente Parlamentar na semana passada. Quatro secretários estaduais acompanham a reunião, que tratará de programas federais e demandas da agricultura familiar gaúcha, o de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes; do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini; do Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans; e o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, numa agenda de aproximação.

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