Quinta-feira, 13 de março de 2025
Por Redação O Sul | 1 de outubro de 2016
Um novo delator da Operação Lava-Jato, apontado como um dos distribuidores de propina decorrente de contratos da Transpreto para a cúpula do PMDB, disse ter entregue dinheiro ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), segundo a revista Veja.
O advogado e empresário Felipe Parente, que fechou um acordo de colaboração com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que levou dinheiro para uma assessora de confiança do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O delator trabalhava para Sérgio Machado, que presidiu a Transpetro e fez uma delação considerada devastadora para a cúpula do PMDB, por conter gravações de Renan, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex- presidente José Sarney. Em uma delas, Jucá fala que é preciso fazer um pacto para estancar a sangria da Lava-Jato.
Segundo Machado, Renan recebeu subornos que somam 32 milhões de reais entre 2004 e 2014. Até 2007, quem fazia as entregas a Renan, segundo Machado, era Felipe Parente. Machado dirigiu por 12 anos a Transpetro, uma subsidiária da Petrobras, por indicação do PMDB do Senado. O delator afirmou que entregava a propina para uma assessora de Barbalho chamada Iara. Segundo os investigadores, trata-se de Iara Jonas, que trabalha com o senador há 22 anos.