Segunda-feira, 24 de março de 2025
Por Redação O Sul | 22 de março de 2025
Das 6h de sexta-feira (21) até as 18h desse sábado (22), foram feitas 29.301.348 simulações do novo empréstimo consignado, batizado de Crédito do Trabalhador. Essas resultaram em 2.962.330 propostas solicitadas e 6.683 contratos realizados. Os dados foram divulgados no início da noite pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O volume de acessos ao aplicativo Carteira de Trabalho Digital, por meio do qual são feitas as simulações e contratações, está 12 vezes acima da referência semanal, considerando os últimos três meses, acrescentou.
Segundo a pasta, o ministro Luiz Marinho tem recomendado aos trabalhadores que não tenham pressa em fechar contrato e que aguardem o prazo de 24 horas no qual os bancos poderão oferecer o empréstimo solicitado no aplicativo. “O trabalhador precisa ter cautela, calma para analisar a melhor proposta”, disse Marinho.
O Crédito do Trabalhador é o novo empréstimo consignado oferecido os trabalhadores do setor privado com carteira assinada. Aproximadamente 47 milhões de pessoas poderão acessá-los.
No aplicativo da Carteira de Trabalho, na aba Crédito do Trabalhador, o interessado autoriza o acesso a dados como nome, CPF, valor do salário e tempo de empresa. A partir daí, os bancos têm 24 horas para propor as condições de empréstimo, de forma que o trabalhador poderá escolher a mais adequada.
As prestações serão debitadas da folha salarial, diretamente no e-Social. Essa é a grande inovação desse produto, pois até agora o consignado só era oferecido a funcionários de empresas que tinham convênios com bancos, o que deixava de fora os empregados de empresas pequenas e os trabalhadores domésticos, por exemplo.
O trabalhador pode comprometer até 35% do salário com a prestação. Como garantia, poderá oferecer até 10% de seu saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa.
A expectativa do governo federal é que as garantias e a competição entre os bancos empurrem para baixo os juros dos empréstimos.
Caso desista da operação, o trabalhador tem sete dias corridos, a contar do recebimento do crédito, para devolver todo o dinheiro repassado pelas instituições financeiras, informou o Ministério do Trabalho.