O Ministério da Saúde deve enviar aos Estados a partir desta quinta-feira (13) um novo lote com 5,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Nesse estoque, estão doses da Oxford/AstraZeneca e da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
A nova remessa é destinada à segunda dose para trabalhadores da área de saúde e para as faixas etárias de 65 a 69 anos e de 85 a 89 anos, além de povos indígenas, ribeirinhos e comunidades quilombolas e pessoas com deficiência permanente.
A orientação do Ministério da Saúde é que as pessoas tomem a segunda dose, mesmo que tenha sido ultrapassado o tempo indicado para ela. A recomendação foi dada em razão da falta de doses para a segunda aplicação pela falta de matérias-primas, especialmente no caso da CoronaVac, cuja produção foi retardada pelo atraso no envio do IFA (ingredientes farmacêuticos ativos) da China para a fabricação do imunizante.
As doses dessa remessa também são para gestantes e puérperas. Nesta terça-feira (11), porém, o Ministério da Saúde emitiu novas recomendações para este público após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro depois da aplicação de dose da Oxford/AstraZeneca. Devem ser vacinadas apenas as mulheres deste segmento com comorbidades e com as vacinas CoronaVac e Pfizer.
De acordo com o comitê de especialistas do PNI (Programa Nacional de Imunizações), ainda não foi constatada a relação de causalidade entre a vacina e a morte da mulher. O caso está sendo investigado. A suspensão da aplicação da dose do imunizante Oxford/AstraZeneca foi adotada por cautela.