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Política Novo ministro da Comunicação Social faz parte de grupo restrito que tem o poder de influenciar decisões e é ouvido por Lula desde a campanha eleitoral

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Sidônio Palmeira deve integrar o núcleo mais próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Divulgação/Facebook)

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, nem tomou posse, mas já vai se sentar na cadeira como um dos auxiliares mais influentes junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Resistente a conselhos, Lula tem ouvido poucos aliados, e tem sido influenciado por um núcleo ainda mais restrito, mas Sidônio vinha se consolidando, desde a campanha eleitoral, entre as exceções.

Segundo um petista que convive de perto com Lula desde a primeira vitória eleitoral, o presidente não é o mesmo político das gestões anteriores, que ouvia muitas e diversas fontes antes de decidir. Neste terceiro mandato, Lula teria assumido uma postura de mais independência, menos aberto a conselhos ou a seguir recomendações. “É como se em 2003, nós tivéssemos subido a rampa com ele, e agora, ele achasse que subiu sozinho em 2023”, analisou.

Nesse contexto, formou-se no entorno do presidente um núcleo muito restrito de pessoas ou auxiliares, que além de serem ouvidos, têm poder de influenciá-lo nas decisões. Além da primeira-dama Rosângela da Silva (Janja), já faziam parte desse grupo os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, e somaram-se a eles, nos últimos meses, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e Sidônio Palmeira.

Uma fonte do governo observou que o publicitário chega ao poder em uma posição privilegiada de manter boa relação com a maioria dos ministros, ao mesmo tempo em que não tem arestas para aparar. O tempo dirá, todavia, se vai se manter blindado do fogo amigo.

Ele já começa a despachar fortalecido pela afinidade e relação de confiança de uma década com Rui Costa, um dos mais poderosos no governo, ao mesmo tempo em que engrossa o núcleo de poder dos baianos, que inclui, ainda, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Sidônio foi responsável pelas campanhas que fizeram de Costa duas vezes governador da Bahia, em 2014 e 2018, e que elegeram Wagner governador em 2006 e 2010.

Em dezembro, a atuação de Sidônio, em dobradinha com Galípolo, foi determinante para definir o tom do pronunciamento de fim de ano de Lula, em rede nacional de rádio e televisão. Lula cogitou fazer um balanço dos dois anos de gestão, exaltando dados positivos da economia, como a expansão do PIB e do emprego, e reafirmando a promessa de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 5 mil.

No entanto, foi convencido pela dupla de que a conjuntura naqueles dias recomendava uma fala neutra, voltada às famílias, em tom de otimismo e esperança, e que não abordasse política ou economia. Isso porque após uma escalada em que o dólar atingiu o pico de R$ 6,20, com a instabilidade disseminada no mercado pela notícia da ampliação da isenção do IR, o mercado financeiro começava a se acalmar.

Naquele episódio, Sidônio defendeu o anúncio do benefício junto com o pacote fiscal. Haddad foi voto vencido, e mesmo assim, porta-voz da notícia. Lula também optou pela neutralidade no pronunciamento de Natal porque, dias antes, havia gravado um vídeo com uma mensagem destinada a acalmar o mercado. O próprio Sidônio dirigiu o vídeo, onde Lula aparece ao lado de Galípolo, Haddad e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, no qual se compromete a não intervir no Banco Central, agora sob a gestão de um diretor nomeado pelo petista.

Há a expectativa de que Sidônio contribua, internamente, para amenizar ou dissipar as arestas entre os principais ministros de Lula, Haddad e Rui Costa, cuja disputa interna impacta os rumos da economia. O publicitário atuaria, nesse sentido, por desfrutar da confiança do titular da Fazenda e da relação de amizade e de trabalho com o chefe da Casa Civil. Segundo fontes do palácio, ele até participou da reunião entre Haddad e Rui Costa na tarde de segunda-feira (6) no Ministério da Fazenda.

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