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Novo ministro diz que Lula pediu para aumentar número de civis no Gabinete de Segurança Institucional

General Amaro foi empossado nessa quinta, pelo presidente Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general da reserva Marco Amaro, afirmou, em entrevista à GloboNews nessa quinta-feira (4), que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a missão de aumentar a quantidade de civis na pasta. Entre as medidas que Amaro cogita sugerir para evitar novos ataques ao Palácio do Planalto, como visto no dia 8 de janeiro, está a blindagem dos vidros do andar térreo do local.

“Existe uma intenção do presidente que eu aproveite também para trazer mais civis para o Gabinete de Segurança Institucional. Vou procurar obviamente atender essa diretriz”, afirmou Amaro.

Indagado sobre em quais cargos poderia colocar civis, Amaro lembrou que o GSI tinha, no passado, o nome de Casa Militar.

“Casa Militar porque as suas atribuições são mais afeitas às atividades militares.”

O novo ministro ainda ressaltou que alguns cargos da pasta são de natureza militar e não podem ser ocupados por civis. Amaro citou que uma das quatro secretarias, a de Segurança e Coordenação Presidencial, exerce “atividades típicas de militares ou policiais militares”.

“Os militares que já têm treinamento básico para a atividade de segurança.”

Assim, a nomeação de civis deve ser feita nas outras três secretarias do ministério.

Sobre o 8 de janeiro, Amaro disse que é preciso “rever o que deu errado”. Ele lembrou que depois de uma invasão de um ônibus ao Planalto no passado foi instalado um espelho d´água.

“Vamos tomar medidas para evitar que essas ocorrências possam se repetir. Talvez algumas medidas. Por exemplo, a blindagem desses vidros do piso térreo.”

Boa parte dos vidros do térreo do Planalto foram destruídos na invasão de 8 de janeiro.

Perfil

Militar da reserva, Marcos Antonio Amaro dos Santos, 65 anos, chegou ao posto de general de Exército (quatro estrelas), o mais alto da carreira nas Forças Armadas.

Paulista de Motuca, Amaro atuou no GSI no governo de Dilma Rousseff. O militar, inclusive, acompanhava a então presidente nos passeios de bicicleta nas cercanias do Palácio da Alvorada.

O general foi secretário de segurança presidencial e assumiu o gabinete em 2015, quando o GSI perdeu o status de ministério e foi rebatizado Casa Militar, mudança desfeita pelo presidente Michel Temer.

Amaro também foi comandante militar do Sudeste e chefe do Estado-Maior do Exército. Em 2021, à frente do Estado-Maior, disse em um evento com Bolsonaro que sua espada não tinha “partido”. Na ocasião, ele lembrou que a frase é uma citação do patrono do Exército, Duque de Caxias.

Iniciou a carreira militar em 1974, na escola de preparação de cadetes, e concluiu a Academia Militar das Agulhas Negras em 1980. Oficial de artilharia, Amaro serviu em Jundiaí, Rio de Janeiro e Olinda, foi instrutor da Aman e da escola de aperfeiçoamento de oficiais.

O novo ministro foi adido militar na embaixada do Brasil no Suriname. Como coronel, comandou a escola preparatória de cadetes e a divisão de inteligência do Centro de Inteligência do Exército.

Já no posto de general, Amaro comandou unidades em Cuiabá e Santa Maria, além da Secretaria de Economia e Finanças do Exército.

Amaro realizou os cursos obrigatórios para um militar se tornar general, além da formação básica de paraquedista e observador aéreo. O militar também concluiu dois cursos de artilharia nos Estados Unidos e dois MBAs na área de gestão, um na Fundação Getúlio Vargas e outro na Fundação Armando Álvares Penteado.

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