Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2015
Em um ato que contará com representantes dos movimentos de rua, os líderes da oposição vão acompanhar nesta terça-feira a entrega ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do novo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, assinado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
Sem os aditivos barrados por liminares dos ministros Teori Zavaski e Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), o novo pedido condensa todas as informações anteriores sobre as pedaladas fiscais de 2014 e inclui ainda o relatório do Ministério Público que aponta indícios da prática também em 2015.
O outro pedido foi questionado por utilizar, como argumento para o impeachment, fatos ocorridos no mandato anterior, o que não está previsto na Constituição
A oposição diz que agora Cunha não tem mais impedimento jurídico para deferir o novo pedido. “O assunto do impeachment tinha esfriado com as decisões do Supremo. Mas refizemos nosso roteiro, e agora Eduardo Cunha não tem saída, vai ter que decidir. Ao invés de só protocolar, vamos turbinar o ato para botar fogo de novo no assunto que tinha esfriado”, disse o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA).
Integrantes do Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua organizam manifestações em várias capitais do País para reaquecer o movimento pró-impeachment. Cerca de 1, 5 mil pessoas se reuniram na segunda-feira para pedir o fim do governo Dilma, em São Paulo. Em Porto Alegre, um grupo de aproximadamente 100 pessoas protestou em frente à sede da Polícia Federal no final da tarde, no bairro Azenha.