Questão de estilo. Novo relator da Operação Lava Jato no STF, Edson Fachin tem perfil pouco duro em questões criminais — entre os ministros da corte, é, por exemplo, um dos que mais concederam decisões favoráveis a habeas corpus ou a recursos desse tipo. A conclusão é do projeto Supremo em Números, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
“Ele não é um ministro linha dura com crime, o que indica que, quando condena, é porque realmente é o caso”, diz o pesquisador Ivar Hartmann.
Canetada. Os números mostram também que Fachin é o ministro que mais combate a avalanche de recursos que chega ao tribunal — foi o que menos deu procedência aos agravos e recursos extraordinários em 2015 e 2016.
Timing. Os dados não indicam que o novo relator será mais rápido que o antecessor. Fachin registra médias de dias mais altas que Teori Zavascki para tomar providências em processos ou conceder liminares monocráticas. (Painel/Folhapress)