Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2019
A tuberculose atacou 10 milhões de pessoas no mundo em 2017, e matou 1,6 milhão – um dano maior do que o provocado pelo HIV, a malária, o sarampo e o Ebola juntos. A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata e em torno de 1,8 bilhão de pessoas carregam a bactéria causadora. A doença carece de novas técnicas para combatê-la. Os medicamentos para afastar a infecção existem, mas os regimes são difíceis e as pessoas, muitas vezes, não os levam até o fim. No entanto, um novo tratamento, que dura apenas um mês, é tão eficiente quanto os mais longos no combate à doença, destacaram os cientistas.
Os medicamentos preventivos são uma opção para os grupos mais vulneráveis: pessoas com HIV; pessoas cujos sistemas imunológicos estão comprometidos porque elas tomam drogas biológicas; e as que convivem com uma pessoa infectada. O padrão tem sido um antibiótico chamado isoniazida, que mata as bactérias causadoras da tuberculose somente quando estão se reproduzindo. É preciso tomá-lo diariamente por nove meses. Os efeitos colaterais são dormência, náusea, febre e toxicidade do fígado. Entretanto, nos últimos dez anos, os cientistas chegaram a dois tratamentos mais curtos: um medicamento chamado rifampicina, tomado diariamente por quatro meses; ou uma combinação de isoniazida e rifapentina, tomados uma vez por semana por três meses.
Uma alternativa surgiu em março, quando um grupo de cientistas mostrou um tratamento à base de isoniazida e rifapentina tomados diariamente por um mês é tão eficiente na prevenção da tuberculose quanto o tratamento com isoniazida por nove meses. A Organização Mundial da Saúde deverá aprovar a nova conduta até o final do ano. No entanto, o estudo foi realizado somente com pessoas infectadas com HIV e provavelmente a OMS aprovará a conduta somente para estes pacientes.