O segundo lote com 25 controladores eletrônicos de trânsito entra em operação a partir da meia-noite da próxima segunda-feira (28). Todos os equipamentos contam com a tecnologia de OCR, leitura de placas e auxiliam na segurança pública. O primeiro lote, de outros 25 aparelhos, entrou em funcionamento no final de novembro.
Dos 53 pontos previstos, 50 estarão com a instalação concluída agora. Para a entrega dos equipamentos nos três pontos que ficarão faltando, a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) aguarda a finalização de melhorias nas vias públicas. A nova licitação resultou em uma economia de R$ 2,4 milhões ao ano em relação ao contrato anterior, e o número de vias monitoradas pelos equipamentos eletrônicos aumentou de 115 para 132.
Os controladores auxiliam na redução de acidentes, já que são instalados em locais considerados de alto risco em razão do desrespeito aos limites de velocidade. Os equipamentos também fazem parte do cercamento eletrônico da cidade. Desde o início da operação de controle da segurança feita de forma integrada pelo Centro de Comando do Município e o Estado, o índice de furto de veículos diminuiu 66%.
“Conseguimos utilizar o mesmo equipamento para duas funções de extrema importância para a população. Além do auxílio à segurança, ele inibe o excesso de velocidade. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que um em cada três acidentes de trânsito no mundo é causado pela velocidade excessiva”, enfatiza o diretor de Operações da EPTC, Paulo Ramires. A OMS tem sugerido e incentivado as autoridades responsáveis pelo gerenciamento de trânsito a adotarem medidas de controle de velocidade associadas a ações educativas para mudança de comportamento.
Conforme dados da Comissão de Análise dos Acidentes com Vítimas Fatais do PVT (Programa Vida no Trânsito) da EPTC, levantados em conjunto com outros órgãos, a velocidade excessiva ou inadequada foi o principal fator de risco identificado nos acidentes com mortes em Porto Alegre entre 2012 e 2019, aparecendo em 33% dos casos. A Comissão analisou 778 acidentes que resultaram em 805 mortes.