Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2024
Secretário-executivo afirmou que vai tirar férias nas próximas semanas e depois retorna a Brasília para atuar na transição.
Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilApós o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar nesta quinta-feira (11) o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça e Segurança Pública, o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, afirmou que não permanecerá com a saída do ministro Flávio Dino, que tomará posse nos próximos dias como ministro do STF na vaga da ministra Rosa Weber, aposentada pelo prazo-limite de 75 anos.
Cappelli afirmou que vai tirar férias nas próximas semanas, que já estavam marcadas, e depois retorna a Brasília para atuar na transição para a nova equipe do ministério. O cargo de secretário-executivo é o “número 2” do ministério, abaixo apenas do próprio ministro.
Ele disse a interlocutores que só seguiria no Ministério da Justiça se pudesse manter o posto de secretário-executivo, o que, pelo cenário atual, não deve acontecer.
O número 2 da Justiça usou a rede social X, ex-Twitter, para dizer que não entregou o cargo.
“Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, publicou, usando por fim o lema do governo Lula 3.
A discussão sobre a formação da equipe de Lewandowski ainda continua e não está descartada a possibilidade de Cappelli continuar no ministério. Lula enxerga com bons olhos o seu nome por ter sido interventor na segurança pública do Distrito Federal, após os atos antidemocráticos, e chefe interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República.
O governo vai continuar com as articulações de modo que Lewandowski monte a sua própria equipe, mas com a possibilidade de que Cappelli seja contemplado. Já o secretário-executivo adjunto da Secretaria-Executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Diego Galdino de Araújo, foi exonerado do cargo ainda nesta quinta.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Ricardo Lewandowski deve manter Andrei Passos na função de diretor-geral da Polícia Federal (PF). A permanência de Andrei no comando da PF tem como pano de fundo o avanço de uma série de investigações que estão em fase final. Integrantes do governo afirmam que estão neste rol as apurações do caso das joias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da morte de Marielle Franco e das agressões ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes.