Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2022
Técnicos da Secretaria de Mobilidade Urbana (SMMU) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estão preocupados com o número de acidentes fatais no trânsito de Porto Alegre ao longo dos últimos dias. Entre 17 de dezembro e o início da manhã de segunda-feira (25) foram registrados três atropelamentos e dois casos envolvendo motocicletas, totalizando assim cinco perdas humanas.
Ao todo, a capital gaúcha contabilizou no período 381 ocorrências, das quais 147 (38,5%) tiveram feridos com menor ou maior gravidade – incluindo os óbitos mencionados. Os pedestres também precisam estar atentos, pois 18 das 147 vítimas foram atingidas por veículos nas ruas.
“A EPTC já havia intensificado as ações para prevenir acidentes, mas vai reforçar o efetivo nos pontos que oferecem maior risco”, promete o órgão. “No entanto, é essencial a conscientização da população”.
“Com o Plano de Segurança Viária Sustentável que lançamos recentemente queremos intensificar as ações, mas sabemos que para obter bons resultados é fundamental que todos façam a sua parte assumindo o seu papel de protagonistas em relação a um comportamento seguro”, destaca o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior.
Estatística de 2022
Mesmo sem os dados completos de 2022, o sinal de alerta está ligado. Desde janeiro, ao menos 65 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito em Porto Alegre. A estatística aponta que a maioria dos mortos tinha entre 18 e 25 anos – 17 pessoas (26% do total).
A análise por veículo envolvido nos casos fatais mostra que sucumbiram 33 (51%) condutores ou caroneiros de motocicletas, 14 (21%) pedestres, dez (15%) motoristas e cinco (8%) ocupantes de automóveis. Já entre os ciclistas foram três baixas (5%).
Ações preventivas
Para auxiliar na redução da acidentalidade, a prefeitura lançou o Plano de Segurança Viária, que estabelece diretrizes de planejamento e gestão. A iniciativa está em sintonia com as diretrizes de desenvolvimento sustentável definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Além disso, o projeto “Educação para Mobilidade”, da EPTC, já realizou mais de 600 ações educativas, que contaram com aproximadamente 25 mil participantes. São atividades específicas para motociclistas, pedestres, ciclistas, idosos, empresas e escolas, dentre outras atividades.
Outra iniciativa é o “Programa Vida no Trânsito” (PVT), coordenado pelo Ministério da Saúde em conjunto com secretarias estaduais e municipais de saúde e trânsito, a fim de analisar acidentes. O estudo aponta que 76,5% dos acidentes registrados até novembro envolveram falta ou irregularidade na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), consumo de álcool ou excesso de velocidade.
(Marcello Campos)