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Economia Número de brasileiros que enviam dinheiro ao exterior tem alta

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Os brasileiros aceleraram o envio de dinheiro para aplicações no exterior nas últimas semanas. (Foto: Freepik)

Os brasileiros aceleraram o envio de dinheiro para aplicações no exterior nas últimas semanas, mesmo em um momento no qual o dólar vem renovando recordes, o que não é comum.

Historicamente, quando o dólar sobe, esses fluxos costumam diminuir, aponta Roberto Lee, diretor-presidente da Avenue, corretora especializada em levar brasileiros a investir diretamente no exterior. O executivo afirma que, pela primeira vez, a alta intensa do dólar está conversando com o “dinheiro medroso”, que está nas mãos de um investidor mais conservador e que tem foco em proteger o seu patrimônio. A preferência, disse, é por títulos do governo americano com vencimento no curto e médio prazo.

“Temos captado outro tipo de dinheiro, que acelera quando o risco sobe e cujo valor é maior. O sentimento do risco está ecoando por todos os lados, e isso fez o investidor mais conservador virar a chave e perceber, pela dor, que precisa ter uma parcela estrutural de aplicações lá fora”, disse Lee.

Em sete anos de operação, a Avenue diz nunca ter registrado um fluxo tão forte de aportes como o observado neste mês. Até terça-feira, o volume recebido nas contas internacionais da Avenue já havia superado todo o valor de novembro, que já havia sido forte, aponta Lee. “Projetamos receber pelo menos 20% a mais neste mês do que o registrado no mês passado.”

Já a XP observou um aumento de mais de 25% no volume de remessas em sua conta internacional no início de dezembro em comparação a novembro. A Nomad, fintech especializada em investimentos no exterior, também afirma que o número de aportes tem crescido. “Estamos batendo recordes de forma recorrente, com um crescimento médio de 7% na captação de novos investidores”, afirma Caio Fasanella, diretor de investimentos da fintech.

Para Rodolfo Buim, responsável por distribuição de produtos na divisão internacional da XP, o próprio pico histórico do dólar, combinado com incertezas fiscais no Brasil, levou clientes a acelerarem o processo de dolarização da carteira de investimentos, buscando uma moeda mais forte como forma de preservar o seu poder aquisitivo. “Além disso, destacam-se os benefícios da diversificação no mercado americano, que é mais maduro e, no longo prazo, tem proporcionado maior rentabilidade.”

Fasanella, da Nomad, acredita que o brasileiro está em busca de mais solidez e atento às oportunidades no mercado americano.

O movimento de maior fluxo de investimentos para o exterior, mesmo com o dólar alto, se assemelha apenas ao que ocorreu na eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro de 2022. Contudo, naquela época, o movimento foi mais momentâneo, observa Lee. “Neste ano nós mais do que dobramos o valor que temos em custódia, e esse aumento ficou muito concentrado no segundo semestre.” As informações são do jornal Valor Econômico.

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