Sem novo aumento no número de mortos em decorrências das chuvas no Rio Grande do Sul desde o domingo (25), o número de desaparecidos caiu de 53 para 44 pessoas, segundo o boletim atualizado da Defesa Civil estadual, publicado na noite dessa quarta-feira (29). As vítimas fatais permanecem em 169.
Ainda de acordo com o informe, 2,3 milhões de gaúchos de 471 municípios já foram afetados até agora pela tragédia climática. Há 581 mil pessoas desalojadas e quase 47 mil em abrigos.
Após o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre religar mais duas Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebaps) na última terça (28), agora 13 das 23 casas de bombas estão em operação na capital gaúcha. Elas têm a função de conduzir a água das enchentes de volta para o Guaíba.
As bombas religadas foram a 1, na Avenida Castelo Branco, próximo à Estação Rodoviária, e a 6, na Avenida dos Estados, atuando na área do Aeroporto Internacional Salgado Filho (fechado por tempo indeterminado). As estações foram retomadas com o funcionamento de apenas um motor.
A casa de número 5, no bairro Humaitá (zona norte da cidade), é a que funciona mais perto da capacidade normal. A bomba opera com dois motores de 5 mil litros por segundo. Já no caso da bomba 13, no Parque Marinha está escoando cerca de 5 mil litros por segundo, embora tenha a capacidade de 13 mil litros por segundo. A capacidade está sendo suficiente para drenar a área do bairro Menino Deus.
O Dmae informou na noite dessa quarta que conseguiu colocar em operação mais um grupo de motores na casa 4, na Voluntários da Pátria (a Ebap está com dois grupos em funcionamento). O Departamento disse também que a comporta 12 do Cais está aberta, facilitando o escoamento da água na região.
Novo pacote
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nessa quarta um novo pacote de medidas de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul. Entre as ações estão novas linhas de financiamento para empresas, ampliação do crédito rural e nova linha de crédito voltada ao financiamento de estudos e projetos no Estado.
As novas linhas de financiamento para empresas anunciada usará recursos para disponibilizar até R$ 15 bilhões para empresas em geral, incluindo grandes companhias.
Serão três linhas operadas pelo BNDES:
* Compra de Máquinas, Equipamentos e Serviços
Taxa tendo com custo-base de 1% ao ano + spread bancário. Prazos: Até 60 meses com carência de 12 meses;
* Financiamento a Empreendimentos
Projetos customizados incluindo obras de construção civil: Com taxas de 1% ao ano + spread bancário. Prazos: Até 120 meses com carência de 24 meses;
* Capital de Giro Emergencial:
Taxas: custo base 4% ao ano para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e 6% ao ano para grandes empresas + spread bancário. Prazos: Até 60 meses com carência de 12 meses;
O limite de operação será de R$ 300 milhões para linhas de investimento produtivo, ou seja, as linhas 1 e 2, e de R% 50 milhões para capital de giro emergencial de MPME. Para capital de giro emergencial de grandes empresas o limite será de R$ 400 milhões.