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Rio Grande do Sul Número de novos casos de Covid em Rio Grande e Pelotas continua crescendo de forma acelerada, indica Furg

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As causas prováveis para aumento dos números podem ser associadas ao relaxamento de medidas de prevenção e ao surgimento da variante ômicron.

Foto: NIAID/Nasa
As causas prováveis para aumento dos números podem ser associadas ao relaxamento de medidas de prevenção e ao surgimento da variante ômicron. (Foto: NIAID/Nasa)

A análise desenvolvida por pesquisadores do Projeto Exactum, do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da Furg (Universidade Federal do Rio Grande), indica a continuação da aceleração na taxa de contaminação por Covid-19 em Rio Grande, Pelotas e em todo o Rio Grande do Sul, mas com menor intensidade com relação ao último estudo feito em 20 de janeiro. As causas prováveis para aumento dos números podem ser associadas ao relaxamento de medidas de prevenção e ao surgimento da variante ômicron. O parâmetro mais significativo de uma epidemia é o Índice de Reprodução Basal (R0).

No dia 5 de fevereiro, Rio Grande estava com R0=1,1, ou seja, 100 novos infectados transmitem para outros 110 indivíduos, caracterizando crescimento acelerado. Pelotas estava com R0=1,09, ou seja, 100 novos infectados transmitem para outros 109 indivíduos, caracterizando também crescimento acelerado.

O ideal é que o índice R0 esteja inferior a 1, provocando assim desaceleração no crescimento do número de casos e, para que isso ocorra, são necessárias medidas de prevenção, sendo as principais a vacinação da população e a ampliação do isolamento social. O distanciamento social em lugares públicos, o uso obrigatório de máscaras e atitudes frequentes de higienização das mãos também contribuem para a diminuição do índice R0.

Variante mais transmissível

A expectativa dos professores que conduzem a pesquisa é que a nova sub variante da ômicron, a BA.2, que já está em circulação no Brasil, tenha comportamento semelhante a original, principalmente correlato à perda de desempenho quanto à evolução para quadros graves da infecção.

Entretanto, já é fato que essa nova sub variante é mais transmissível, ou seja, evoluiu para ganhar desempenho na transmissibilidade. Por esta razão os professores entendem que os cuidados de prevenção dever ser mantidos, principalmente no próximo período de carnaval.

A análise foi extraída dos resultados recentes divulgados na modelagem Simcovid, realizada pelos professores Sebastião Gomes e Igor Monteiro, do Imef (Furg), além do professor Carlos Rocha (IFRS).

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