A chuva extremamente volumosa nessa quinta-feira (23) deixou incríveis 129,4 milímetros (mm) acumulados em Porto Alegre, da meia-noite até às 22 horas.
Além de superar a média de chuva para maio, que é de aproximadamente 113 mm, a chuva elevou o total acumulado no mês para 477,6 mm. A medição foi feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de forma automática, na estação meteorológica do Jardim Botânico, na zona leste de Porto Alegre.
Este valor é preliminar, mas já supera os 405,5 mm de maio de 1941, que até era o maio mais chuvoso já registrado em Porto Alegre desde o início das medições em 1916. Mas também superou a marca 447,3 mm de setembro do ano passado, que foi considerado o mês mais chuvoso na capital gaúcha desde 1916.
Para efeito de contabilidade de recordes, o que vale é o total de precipitação apurado por medição manual na estação meteorológica mais antiga também instalada no Jardim Botânico.
Mesmo assim, já podemos dizer que maio de 2024 está sendo o maio mais chuvoso da história de Porto Alegre e também o mês mais chuvoso na capital gaúcha desde 1916, portanto em 108 anos.
Confira os maiores volumes de chuva mensais já registrados em Porto Alegre pelo Instituto Nacional de Meteorologia, de 1916 a 2024:
— 477,2 mm maio de 2024 (medição provisória)
— 447,3 mm setembro de 2023
— 405,5 mm maio de 1941
— 403,6 mm junho de 1944
— 386,6 mm abril de 1941
— 365,6 junho de 1982
O pesadelo da chuva de maio de 2024 ainda não acabou para os porto-alegrenses. Para o fim de semana, 25 e 26 de maio, a previsão é de sol entre muitas nuvens e frio, mas sem chuva. Neste sábado, Porto Alegre poderá registrar a menor temperatura máxima do ano até agora. O recorde atual é de 13,6°C em 16 de maio. A menor temperatura de 2024 até agora é de 6,7°C e também foi registrada no dia 16 de maio.
A chuva deve retornar na segunda-feira (27), e infelizmente pode ser forte. Também tem previsão de chuva para a terça-feira (28).
A Defesa Civil de Porto Alegre emitiu um alerta preventivo na sexta-feira (24), informando sobre o alto risco de deslizamentos, processos erosivos e rolamento de blocos em áreas suscetíveis. O alerta, válido até a segunda tem como base informações fornecidas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Podem ocorrer escorregamentos, rupturas de taludes e quedas de barreiras. Estes fenômenos ocorrem devido ao movimento de solos e rochas sob a influência da gravidade, frequentemente agravados pela presença de água.